12 de novembro de 2009

Observar princípios bíblicos não é ser legalista



Quem afirma que a Palavra de Deus não condena certos pecados atuais precisa rever os seus conceitos. Quem chama de legalistas os irmãos que prezam os bons costumes — e não os extremismos — precisa permitir que a Bíblia seja a sua regra de fé, de prática e de viver. Afinal, ela não é apenas um livro de mandamentos do tipo “pode e não pode”. Ele contém princípios, pelos quais podemos distinguir o puro do impuro, o verdadeiro do falso, etc.

É evidente que não há, nas Escrituras, certas especificidades devido ao fato de nós não sermos os destinatários originais dos 66 livros inspirados por Deus. Mas tudo foi escrito para nosso ensino (Rm 15.4). Se fizermos uma análise histórico-cultural, entenderemos que nos tempos bíblicos, por exemplo, não havia o ficar, o piercing, o funk gospel, a festa jesuína, cinema, futebol, etc.

A Bíblia não é um livro ultrapassado ou desatualizado. Ela tem respostas para os dias de hoje! E nos orienta quanto a tudo, pois é a Palavra de Deus (Sl 119.105; 2 Tm 3.16,17). Se tudo o que ela aparentemente não condenasse de modo explícito ou textualmente fosse permitido, não haveria limites para pecar! E teriam sentido falaciosas pregações da atualidade, como:Quer dançar um funk? Dance! Desde que seja em um baile frequentado só por cristãos, não há problema! Aproveite! Divirta-se pra valer na balada gospel. Rompa com toda religiosidade e o legalismo”.

Entretanto, vemos, nas páginas sagradas, grupos de coisas que, mesmo não sendo consideradas pecaminosas, levam o crente a errar o alvo. São coisas inconvenientes, dominadoras, embaraçadoras, parecidas com pecados, não edificantes, semelhantes a obras da carne, as quais não glorificam ao Senhor.

Coisas inconvenientes. A Palavra de Deus diz que todas as coisas são lícitas, mas não nem todas convêm (1 Co 6.12a). Temos livre-arbítrio e, se quisermos, podemos pecar à vontade. Por que não fazemos isso? Porque conhecemos os princípios que regem a vida cristã e rejeitamos as coisas inconvenientes. Ou seja, podemos pecar, mas não devemos fazer isso, pois já ressuscitamos com Cristo (Cl 3.1-17).

Coisas dominadoras (1 Co 6.12b). Há muitas coisas que não estão registradas na Bíblia, mas que podem nos dominar, levando-nos ao erro. O futebol, por exemplo, não é mencionado na Bíblia, mas conheço pessoas que são dominadas por ele. Se o seu time ganha, ficam eufóricas; mas, se perde, ficam deprimidas, tristes, arrasadas. Outros exemplos de coisas consideradas não pecaminosas que podem se tornar dominadoras: novelas, filmes, uso da Internet, etc. Todas essas coisas, conquanto lícitas, podem se tornar dominadoras, inconvenientes e até embaraçadoras para o cristão, como veremos.

Coisas embaraçadoras. Em Hebreus 12.1 vemos que é preciso deixar os embaraços e o pecado. Há inúmeras coisas embaraçadoras não registradas na Bíblia. Por isso, Paulo disse a Timóteo: “Ninguém que milita se embaraça com o negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2 Tm 2.4). Os simplistas dizem que é religiosidade, legalismo e farisaísmo preocupar-se com certas coisas, mas a Palavra de Deus é clara quanto ao perigo de nos embaraçarmos com coisas desta vida, ainda que não sejam mencionadas como pecados.

Coisas parecidas com pecados. A Palavra afirma que devemos nos abster de toda aparência do mal (1 Ts 5.22). Isso é subjetivo, mas fazer algo que deponha contra esse princípio denota ir além do que está escrito (1 Co 4.6). Quem frequenta lugares destinados à prática de atos pecaminosos, só pelo fato de estar lá, ainda que não esteja propriamente na roda dos escarnecedores (pecando), aparenta estar. Não foi por acaso que Isaías confessou tanto o pecado, de maneira ativa, de pronunciar palavras impuras como o de ouvi-las, passivamente (Is 6.5).

Coisas não edificantes (1 Co 10.23). São as coisas, em geral, feitas no tempo certo e de modo errado, ou de maneira correta, mas fora de tempo (Ec 8.6). Se praticarmos essas coisas não edificantes, também ultrapassaremos o que está escrito na Bíblia e estaremos contra Deus. Supervalorizar o exterior é legalismo, mas valorizá-lo não. Deus prioriza o espírito, mas valoriza o corpo (1 Ts 5.23).

Coisas pecaminosas, semelhantes às registradas na Bíblia. A lista das obras da carne termina assim: “e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21). Ou seja, há pecados não mencionados na Palavra de Deus textualmente, mas condenados por ela! Basta perguntarmos o que é semelhante a prostituição, impureza, lascívia, etc. O que dizer do erotizante funk? O Diabo é criativo, e a cada dia surgem novas maneiras de pecar. Se a Bíblia fosse registrar todos os pecados, seria muito mais volumosa. Por isso, precisamos identificar os pecados novos mediante a observação de princípios contidos nas Escrituras.

Coisas que não glorificam a Deus (1 Co 10.31). Sim, há coisas que não glorificam a Deus, a despeito de não estarem mencionadas de maneira direta na Bíblia. Um texto que nos ajuda a compreender esse princípio é Filipenses 4.8. Leia este versículo e aplique-o à sua vida antes de pensar em fazer tatuagens, usar piercing, adotar certos estilos musicais no culto a Deus, dançar freneticamente, seguir a mensagens de autoajuda e a modismos, etc.

Leia mais em http://cirozibordi.blogspot.com

2 comentários:

Unknown disse...

o problema do chamado legalismo é que passa a condenar com regras que fogem muitos dos principios expostos, concordo que devemos ter cuidado com aquilo que não edifica, mas condenar pessoas(mulheres) por uma calça, por um brinco ou por outros apetrechos é que ultrapassam as barreiras do ensinamentos sadios e se enquadram no julgamento reconcebito, por exemplo o fato do futebol realmente se atinge alguma pessoa como foi falado é viavel o abstenção da pratica no entanto a outros que são indiferente não seria pecado, portanto o jogo em si não é peccado e sim a falta do dominio proprio, então no caso é importante ensinar a ter dominio proprio e não a não jogar, pois o individuo poderá até evitar o jogo mas continuará com a vontade sufocando seu ser.

Anônimo disse...

Na verdade a maioria das igrejas ou melhor denominações são sem fim tem um ranso de legalismo.

Seja com respeito a proibições de TV, Internet, brincos, vestidos cumpridos, quando não curtos, cabelos, penteados, festas e por ai vai.

Enguanto se preocupan com o exterior Deus esta de olho no interior imortal.

É absurdo confundem antigo com novo concerto no que lhes interessa. Porque não cumprem o antigo por exemplo Deuteronomio 21 : 18-23. Em resumo filho rebelde jovem poderia ser levado aos anciães e dependo de ses pareçeres sofreria a pena capital MORTE POR APEDREJAMENTO. Pensem nisto.

Abaixo o legalismo e vida ao Esprito de Graça.

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