29 de setembro de 2009

Usos e Costumes; a raiz de todos os males?

Postado por Cleison Oliveira

Já ouvi várias pessoas afirmarem, que o mau dos crentes assembleianos é a língua; intrigado com isto, fui recorrer a uma resposta que desse fim a essa indagação; Confesso que não fui procurar longe. A resposta veio, quando eu meditava sobre alguns assuntos; a resposta a esse infeliz predicativo dado aos crentes da Assembleia de Deus, está nada mais, nada menos, do que nos tão polêmicos "Usos e Costumes"!

Pra quem não sabe, moro com minha avó, e a mesma é crente assembleiana a mais de 50 anos, e as reclamações desta prezada senhora, quando chega da Igreja são sempre as mesmas:  A infeliz herança ideológica que Deus só pode operar, se as irmãs andarem (se vestirem) na doutrina... Ora, eu não sabia que Deus ditava roupas.. Aliás, não sabia que Deus era estilista!

O fato é, que esses costumes, que por algum motivo entrou nas Assembleias de Deus, e tem perdurado até hoje, são os motivos que fazem com que os crentes mais falem dos outros - principalmente as mulheres; desde os primórdios, as pessoas dentro da igreja ficam "catando piolho na cabeça alheia", reparando qual o irmão que está de terno, qual a irmã que usa brinco, qual a outra que pinta a unha de vermelho, etc., como se isso isentasse, terminantemente, a presença de Deus!

Digo isso, porque já ouvi irmãs que "obedecem"  os ditos costumes, olhar para outras irmãs e dizerem: "-Olha o tamanho da saia da irmã"; "-Olha a blusa daquela alí... misericórdia!", e por aí vai...
Isso só suscita comentários ruins, e os mesmos, em nada acrescenta a igreja de Cristo!

A verdade é que, o desejo de Deus não é, e jamais foi, que esses tipos de comentários acontecessem dentro da Igreja; Igreja é sinônimo de comunhão, mas as pessoas que fazem tais comentários não demonstram nenhum tipo de afeto ou fraternidade com as pessoas, importanto-se mais com o que os outros vestem, do que com o que eles são!

Lembra o porquê as mulheres da Igreja em Corinto usavam o véu? exatamente, para que não houvesse comentários e falações; as sacerdotizas dos deuses de Corinto, como pacto, rapavam suas cabeças para serem identificadas como sacerdotizas; mas quando as mesmas se convertiam, sentiam-se envergonhadas, pois as irmãs tinham cabelos longos e bonitos, e elas, eram carecas!

Paulo, pra terminar com esse constragimento, manda a todas as mulheres daquela igreja,que fizessem o uso do véu, para que não houvesse comentários!
Deveriam fazer isso nas Assembleias de Deus, pois somos tachados de "linguarudos", "fofoqueiros", e não sabemos o porquê; eis aí a resposta!

No Domingo, na minha igreja, a regente que estaria a frente do coral não chegou, sobrando apenas uma regente; no que, essa regente que sobrara me chamou e disse: "- Cleison, rege o coral, porque meu vestido está indecente para reger"; fiquei pasmo e sem palavras, confesso! Não sabia que agora, tinha roupas separadas para assistir culto, para pregar, para reger, para cantar, etc...
É esse pensamento sem fundamento algum, é o que tem permeado a mente de muitos crentes assembleianos!

Tenho a plena certeza que Deus não precisa de roupa para operar, até porque, ele é conhecedor do coração!
Esse mero formalismo elevado erroneamente por algumas igrejas ao grau doutrinário, só tem trazido discussões, falatórios e paradoxos; algo que sempre falo é que "tudo quanto permeia o exagero, não é bom", e essa aplicação pode ser encontrada nos "Usos e Costumes".

Sim, muita coisa mudou! mas pelo fato de a Assembleia de Deus não tomar uma posição sobre o que está liberado e o que não está, os comentários continuam sendo feitos  pelos crentes, em todo o canto do Brasil.

28 de setembro de 2009

Filipe, as missões em Samaria e a missiologia atual


Texto de Cleison Oliveira  
 “E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo.” - Atos 8.5

Queridos leitores, o texto a seguir nasceu da necessidade de se comparar as missões atuais com as missões realizadas pela igreja primitiva. O exemplo de Filipe ilustra o que é, como fazer e por que fazer missões. Em um mundo tão turbado pelo pecado onde até o Evangelho tem sido banalizado, irreverenciado e desprovido da seriedade que lhe devem ser empregados, não nos faltam motivos para falarmos sobre missões de uma perspectiva pentecostal e acima de tudo neo-testamentária, coisas que seriam impossíveis de desvincular-se, pois não há missões sem pentecostes nem pentecostes sem missões e isso é muito bem explicado quando o próprio Cristo nos disse: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (At 1.8).

Mas, por que Filipe?
Por que ele é o exemplo de que não precisamos ser grandes para sermos missionários, não precisamos de renome ou de grande erudição para anunciarmos a Cristo, precisamos apenas sermos cheios do Espírito. Filipe era apenas um diácono (At 6.5) e estava fazendo o papel de evangelista. Isso não é comum em nossos dias? Temos visto homens consagrados ao ministério evangelístico acomodados enquanto que os pequeninos saem às ruas para anunciar o Evangelho, mesmo sem grande preparação. Vejo pastores que não conduzem o rebanho, mas apenas delegam funções e dirigem cultos enquanto vemos uma igreja destroçada e precisando desesperadamente de homens consagrados para conduzir o rebanho do Senhor! Quero mostrar-lhes algumas características da pregação de Filipe que são inerentes à pregação da Palavra movida pelo Espírito e que servem de padrão para analisarmos como estamos diante da presença do Senhor.

1 – Filipe pregava a Palavra mesmo em meio à angustia gerada pela perseguição (At 8.1-5): 
Já pensou se fôssemos movidos a anunciar o Evangelho mesmo com a dor do luto em nossos corações? É comum darmos desculpas para não fazermos a obra do Senhor, desculpas do tipo: “Não tenho tempo, preciso estudar”, “Não posso, estou muito ocupado com o trabalho”, “Estou cansado, quando estiver mais disposto irei evangelizar”, “Só eu vou, ninguém quer me ajudar”, etc... Acho que precisamos relembrar que sempre deve haver tempo em nossa vida para Deus e para a sua obra, pois o inferno está à espera dos perdidos que morrem todos os dias sem a salvação que há em Cristo. Acho que esquecemos que nosso descanso não é aqui (Mq 2.10) e que seremos julgados por nossas obras de justiça que houvermos feito para o reino de Deus (1 Co 3.11-15) para que possamos receber nosso galardão. Esquecemos também o que Cristo falou: “... eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.20b). O diácono Estevão acabara de morrer e os crentes haviam sido dispersos pela perseguição, mas levaram consigo a chama do Evangelho com a qual incendiaram todo o mundo conhecido da época! Talvez se olhássemos para esse grande exemplo não daríamos desculpas tão “esfarrapadas” para Deus.

2 – Filipe anunciava a Cristo (At 8.5):
Hoje em dia é comum ouvirmos algum desses pregadores da prosperidade nos indagarem: “se não pregarmos prosperidade vamos pregar o quê?”. Respondo esta pergunta com o exemplo de Filipe, pois ele pregava, não a prosperidade, as riquezas ou o fim do sofrimento ainda nesta terra, mas sim a Cristo. Lembro-me com estas palavras daquilo que Paulo escreveu aos coríntios: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1 Co 1.23a). Nossa pregação não deve ser baseada nas necessidades do homem, mas na vontade de Deus (2 Co 2.17). Este evangelho antropocêntrico tão combatido pelos verdadeiros homens de Deus têm sido propagado nas TVs e rádios no Brasil e no mundo, fazendo com que o mundo tenha uma idéia totalmente distorcida da realidade. Não é difícil encontrar alguém que nos chame de ingênuos e massa de manobra, pois é esta a imagem que certas igrejas passam de nós nos meios de comunicação, ou você acha que alguém que põe a sua fé no “banho do descarrego” e na “rosa ungida” pode ser considerada uma pessoa inteligente? Se ao menos a Bíblia desse apoio para tudo isso, tudo bem, mas além de a Bíblia não confirmar tais práticas ainda as combate energicamente (2 Tm 4.1-6). Há quem em suas pregações repete as palavras de Gandhi, Platão, Madre Teresa de Calcutá, Sócrates, Aristóteles e outros grandes personagens da humanidade, que todos esses homens e mulheres foram grandes exemplos não nos resta dúvida, mas até os grandes filósofos e religiosos se não atentarem para essa tão grande salvação oferecida por Jesus não alcançarão a vida eterna (Jo 3.18; Hb 2.3). Voltemos a cantar um dos clássicos da Harpa Cristã que diz: “Foi na cruz, foi na cruz onde um dia eu vi meu pecado castigado em Jesus, foi ali pela fé que os olhos abri e agora me alegro em sua luz” (Harpa Cristã, hino de número 15). Cristo ainda é o centro da mensagem da salvação, pois foi ele quem morreu e ressuscitou, dando-nos certeza que suas palavras são verdadeiras, ele é o nosso Eterno Redentor (Jo 3.16)!

3 – Filipe fazia sinais que chamavam a atenção dos ouvintes (At 8.6-13):
Este é o grande diferencial entre um pregador formalista e um que vive a plenitude do Espírito. Os sinais seguem aqueles que anunciam o Evangelho (Mc 16.17,18). Essa verdade tem sido negligenciada pela igreja através dos séculos talvez porque para sermos tão tremendamente usados por Deus precisamos ter também uma vida tremendamente separada para seu serviço. Como diz o hino 144 da Harpa Cristã: “Santidade convém à Igreja, Pra gozarmos celeste amor”. Como o Espírito nos usará para fazermos milagres se entregarmos nossos membros para o pecado? De forma alguma irmãos, o Espírito de Deus é Santo! Como expulsaremos demônios se nos fizermos seus servos? Certamente eles não se sujeitariam a nós, pois deste modo o nome de Jesus seria apenas mais um nome em nossa vida não surtindo efeito algum. Os mais antigos na fé lembram-se de que em nossos cultos, se alguém oprimido entrasse pelas portas da igreja não demorava muito para que o demônio se manifestasse não suportando o poder de Deus que era derramado no templo através da oração. Não digo que o poder de Deus se extinguiu, pois sempre existirá um povo pentecostal, consagrado, que ora e que busca ter mais comunhão com o Senhor.

Conclusão:
Certa vez ouvi o Pr. Antônio Gilberto dizer em um seminário sobre Escatologia Bíblica: “Quando o fogo não pega, o culpado não é o fogo, mas a lenha que não presta, e aproveito para perguntar: sua lenha é de boa qualidade meu irmão? Neste caso, fogo descerá do céu e o nome do Senhor será glorificado assim como foi depois que Filipe anunciou o Evangelho em Samaria. Continuemos a propagar o Evangelho simples pregado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren que afirmavam com toda convicção: “Jesus salva, cura, liberta, batiza no Espírito Santo e brevemente virá para buscar sua Igreja”. Este é o Evangelho santo, sem tirar nem pôr, anunciemos a Palavra como ela é e os sinais certamente nos seguirão como prometeu nosso amado Salvador Jesus Cristo!

Em Cristo Jesus,

Cleison Brugger Oliveira.





21 de setembro de 2009

Morre Pastor Nilson Fanini, um dos maiores líderes batistas brasileiros


 Passou para a eternidade, no dia 19 de Setembro,  com 77 anos de idade, o líder batista, Pastor Nilson do Amaral Fanini.
após sofrer um AVC e ser internado na última quinta-feira em um hospital de Houston, Texas. Ele e sua esposa Helga foram conhecer a netinha mais nova, Nataly. o corpo de seu líder será cremado nos Estados Unidos hoje (dia 21) e não será trazido ao Brasil. No dia 4 de outubro será realizada uma cerimônia de homenagem póstuma na IBMN (Igreja Batista Memorial de Niterói-RJ), fundada pelo Pastor Fanini e pela Câmara Municipal da cidade.

BIOGRAFIA DO GRANDE LÍDER:
Pastor Nilson do Amaral Fanini formou-se no Seminário Batista do Sul e foi consagrado ao santo ministério, na Igreja Batista da Tijuca, Grande Rio, em novembro de 1955. Casou-se nos Estados Unidos com Helga Kepler Fanini. No Texas, onde fez mestrado, nasceu o seu primeiro filho, Otto Nilson. Atualmente todos os três filhos moram nos EUA. Ao voltar para o Brasil, assumiu a Primeira Igreja Batista em Vitória.

Em 1964, pastor Fanini assumiu a Primeira Igreja Batista em Niterói (PIBN). Foi ainda presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), por 12 vezes. Lançou também no Brasil a ideia, hoje bastante difundida inclusive entre pentecostais, denominada Missões Urbanas, que entre esses, acabou por substituir o ministério de Evangelista.

Fundou inúmeras organizações, implantou dezenas de projetos, recebeu dezenas de títulos honoríficos e realizou a polêmica visita ao líder católico romano João Paulo II. Lançou programas no rádio e TV, para a transmissão do Evangelho, seminários e fora eleito para inúmeros cargos na diretoria nacional e internacional da Igreja Batista. Realizou várias cruzadas em mais de 100 países e celebrou mais de 10 mil batismos. Dentre os cargos importantes ocupados, destaca-se o da presidência da Convenção Batista Fluminense, da Convenção Batista Brasileira (CBB) e da Aliança Batista Mundial (Baptist World Alliance), sendo o mesmo, o único brasileiro a assumir tal cargo até a presente data.

Em 2004, a igreja em Niterói, a qual liderava contava com 13.275 membros. No ano seguinte, uma série de desencontros o levou ao desligamento da Primeira Igreja Batista de Niterói. Em seguida, pastor Fanini organizou a Igreja Batista Memorial em Niterói, à Rua São Lourenço, 88, no bairro de São Lourenço, atualmente, com 400 membros.
Deixa a viúva Helga Kepler Fanini, os filhos Otto Nilson, Roberto, Margareth e netos.

16 de setembro de 2009

Jeremias 23, a infeliz realidade dos pregadores pentecostais e o desabafo de um pentecostal

Texto de Cleison Oliveira


"Não mandei os profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; todavia, eles profetizaram.
(Jeremias 23. 21 - ARC)

Ontem, fazendo minha leitura devocional em Jeremias 23. 9-40, deparei-me com algo que, embora dito por Jeremias no ano 599 a.C. aproximadamente, relata de forma clara a situação caótica que se encontram alguns ditos "Ministros de Deus".

Homens mentirosos, que enganam o corpo de Cristo com alimentos que segundo eles, são ricos em vitaminas e proteínas, e na verdade, podem causar doenças sérias e mortais no corpo de Cristo! Não quero generalizar, pois usando a razão,sei que logicamente não são todos! Mas infelizmente, uma grande maioria tem se portado dessa forma.

Infelizmente, a igreja está sortida dos mais diversos animadores de palco: homens que fazem de tudo para tirar "glórias", "Aleluias" e "línguas estranhas" de um povo muita das vezes leigo, receptível a qualquer tipo de mensagem, não sabendo avaliar aquilo que é melhor para si, desprezando totalmente as palavras de Paulo: "julgai todas as coisas, retende o que é bom;" (I Ts 5. 21 - ARA).

Existem todos os tipos de animadores: uns sapateiam, outros lutam um karatê santo, e outros ainda, usam jargões mais do que ridículos, e sem nenhum respaldo bíblico como: "Recebaaa jáááá"; "a tampa da chaleira vai voar"; "Marche nesta noite com o varão de fogo", "Quem tem promessa não morre!"; "Eis que vejo um anjo passeando no meio da igreja", "Fica ligado que o VARÃO vai te tocar", e outras trocentas frases de efeito que em nada me comovem ou edificam.

Outros ainda, investem nas táticas "Espirituais" como: lançar (jogar) pessoas no chão sob o "poder de Deus" (?), mandar crentes abraçarem anjos, ou ainda, dizendo que uma "Bola de fogo" está na Igreja e irá surpreender alguém em instantes! (Coitado do indivíduo que for "Surpreendido"!!)...

As pregações pentecostais mais parecem um jogo de Futebol: se narrado com entusiasmo, o povo vai a loucura..!
Existe uns pregadores que gritam e falam tão rapidamente, que quando o povo dá "glórias" ou "aleluias", eu pergunto o motivo de tanta animação! Uns dizem que os pregadores são a boca de Deus para a Igreja, mas não creio que Deus fale tão rápido e grite tão alopradamente!

Sim, conheço um Deus que se manifesta através de um som veemente e impetuoso (Atos 2. 2); entretanto, o mesmo também se manifesta através de uma voz mansa e delicada (I Reis 19. 12b); Deus sabe de que maneira Ele quer e deve falar com o seu povo; porém, ultimamente, o povo que tem escolhido de que forma querem ouvir a "voz de Deus": NO GRITO!

Sinceramente, não consigo enxergar essas práticas, como sendo algo de Deus; o Apóstolo Paulo nos orientou que "as coisas espirituais se discernem espiritualmente" (I Co 2. 14), e a minha opinião a respeito dessas "Macaquices" cristianizadas são essas: aberrações pentecostalizadas, inconsistência/incoerência teológica, mero emocionalismo grotesco e imperdoáveis desvios doutrinários que podem arruinar toda uma vida cristã.
certa vez, disse o Pastor Eurico Bérsgten: "A falta de disciplina na Igreja comprova um enfraquecimento espiritual dos crentes que perdem, pouco a pouco, a sua sensibilidade no discernimento entre o bem e o mal".
 A minha doxologia a Deus, tem sido em agradecimento, pois o Senhor, como um Deus que zela pela sua eleita, tem erguido obreiros e blogueiros compromissados com o real evangelho da cruz, para advertir a igreja sobre essas aberrações que podem ser (em alguns casos) até "espirituais", entretanto, jamais Divinas!

A palavra de Jeremias cumpre-se em nossos dias, em que se levantam homens mentirosos dizendo: "- Eis que Ele diz", enquanto o mesmo (Deus), nada disse (Jr 23. 31b); são pessoas que "falam da visão do seu próprio coração, e não da boca do Senhor". (Jr 23. 16c);

Homens que querem ludibriar a igreja, dizendo que vêem anjos ou seres celestes na igreja, enquanto nada vêem; aliás, jamais encontrei na Bíblia, a necessidade dos anjos no culto a Deus, já que, os mesmos, adoram exclusivamente a Deus nos céus, sendo desnecessária a presença deles nos templos, ainda mais com chaves, bandejas, envelopes, e todo o tipo de objetos que você possa imaginar;

Alguns ministros, deixaram de ser pregadores e se tornaram verdadeiros lunáticos, pois a quantidade de anjos que eles vêem na Igreja é absurda!

Na minha congregação, tem um Presbítero que de vez em quando, assume a direção do "Culto de Libertação" as Quartas-Feiras, e sempre que ele toma posse do microfone, ele tem que falar que está vendo anjos na porta da Igreja ou no seio da mesma; estou prestes a lhe indicar um psiquiatra amigo meu!

Precisamos saber que, os homens de fogo, não são aqueles que ministram coisas que nos fazem cair, remexer, marchar ou pular, e sim, aqueles que, as suas palavras, refinam o homem interior!
Jesus foi um homem de fogo, pois suas palavras, aqueciam os corações dos ouvintes, e provocavam alterações em suas posturas (Lucas 24. 32).

Hoje em dia, para ser um bom pregador no meio pentecostal, basta você:
1° - saber gritar de forma enlevada;
2° - Usar frases de efeito;
3° - Falar em línguas estranhas bem alto;
4° - Apertar a cabeça de um indivíduo, até o pobre cair no chão, etc...
Mais informações, ao vivo, em um dos Congressos da GMUH...

Amados, estou cansado de cultos e sermões vazios e sem noção!
Estou cansado de prédicas que falam sobre tudo, menos sobre Deus!
Estou cansado de pregações que são tudo, menos bíblicas!
Estou cansado de ouvir, ouvir e ouvir, e simplesmente nada receber!
Estou cansado de ver pessoas que caem no meio da Igreja, se levantarem da mesma forma que caíram, com as suas doenças, problemas, pecados, etc...
Estou cansado de ouvir de "pregadores sem noção", aberrações inanimadas e surreais, que em nada me acrescentam!

Precisamos de alimento sólido, dado por ministros compromissados com o evangelho do reino!
Precisamos sair da Igreja realmente renovados e abençoados!
Precisamos ouvir uma prédica e , após ouví-la, nos conscientizarmos de nossos erros e mudarmos o nosso comportamento!

Precisamos que preguem a Bíblia na sua essência, nada mais;
O Apóstolo Pedro disse: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus!” (I Pedro 4.11), de outro modo, CALE-SE!
Segundo N. Geisler, "os enganos só podem ser corretamente medidos quando contrastamos com a verdade da infalível palavra de Deus".
Fazendo assim, talvez eu seja um pentecostal mais convicto de minha fé...


  "Converte-nos, SENHOR, a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como dantes."
   Lamentações 5. 21 - ARC
Em Cristo Jesus,

Cleison Oliveira.

15 de setembro de 2009

Batismo com o Espírito Santo. Um dom atual ou obsoleto para a Igreja Cristã?

 
Estudo de Cleison Oliveira, baseado na epígrafe da postagem.

A promessa que Jesus Cristo deixou para os seus discípulos, relatada em Lucas 24. 49, dá-se cumprimento em Atos cap. 2, exatos 40 dias após o advento da ascensão de Cristo (Lc 24. 51; Mc 16. 19; At 1. 9-10). 
Essa promessa é chamada de batismo com o Espírito Santo (Atos 1. 5b), e foi dada a todos aqueles que seguirem, crerem ou invocarem o nome de Jesus Cristo.

Cremos, primariamente, na universalidade do batismo com o Espírito Santo, pois foi algo dito pelo próprio Jesus que aqueles que cressem, falariam “novas línguas”, segundo Marcos 16. 17c; Cristo não limitou essa promessa  aos apóstolos, mas sim, é uma promessa distributiva para “todos aqueles que crerem” (Mc 16. 17a).

Igualmente, não há possibilidades de esta promessa ser apenas para os apóstolos, pois, se assim fosse, somente eles receberiam este dom do Espírito Santo, entretanto, as páginas sagradas diz que, a multidão dos que criam era de quase 120 pessoas (Atos 1. 15), e a mesma estava TODA reunida em um mesmo local, quando o Espírito Santo encheu a cada um, batizando-os (Atos 2. 1-4);

Cremos também, que a glossolalia (Línguas estranhas) é um fato externo de que uma pessoa realmente recebeu o dom  do Espírito Santo; sobre isso, o próprio Jesus disse, como já citamos acima, que aqueles que cressem, falariam “Novas línguas” (Mc 16. 17c), e este fato é comprovado no advento do dia de Pentecostes no cenáculo, em que os crentes reunidos ali, após serem cheios (ou batizados)  com o Espírito Santo, “Começaram a falar em outras línguas” (Atos 2. 4).

A universalidade desta promessa e dom é vista também, na profecia de Joel: “E depois, derramarei do meu Espírito sobre TODA a carne, e vossos FILHOS, e as vossas FILHAS profetizarão, e os vossos VELHOS terão sonhos, os vossos JOVENS terão visões. Até sobre vossos SERVOS e sobre as vossas SERVAS, naqueles dias, derramarei do meu Espírito.” (Joel 2. 28-29); Joel através desta profecia divina, não descarta ninguém; todos estão como vemos em Joel 2. 28, 29, compartilhando da efusão e do derramar do Espírito, “ATÉ os servos e as servas.” (Joel 2. 29); vemos através desta profecia de Joel, não apenas a universalidade do batismo com o Espírito Santo, como também, a dos dons espirituais.

Outrossim, cremos na atualidade do batismo com o Espírito Santo; repare no que diz Pedro no verso 17, do 2° capítulo de Atos: “e NOS ÚLTIMOS DIAS...”; Ora, será que o séc. I, aproximadamente no ano 29-30 d.C já eram os últimos dias? Lógico que não! Talvez essas palavras de Pedro estejam meio que equivocadas, ou uma confusão com a profecia de Joel. Se retornarmos a referida profecia, ou se continuarmos a leitura do cap. 2 de Atos, veremos que os “últimos dias”  sucederão quando Deus “mostrar maravilhas no céu e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça” e ainda quando “O sol se converter em trevas e a lua em sangue”;

Ora, naqueles dias, algo desta espécie ocorreu? Não; então, como se cumpriu a profecia de Joel, se o tempo determinado para o cumprimento da tal não tinha chegado? Ora, porque a promessa que se cumpriu, não foi a predita por Joel, e sim, a predita pelo próprio Cristo para aqueles irmãos (Lc 24. 49; Atos 1. 5b; 1. 8); assim sendo, a profecia de Joel ainda está de pé, sendo válida para os nossos dias, já que, segundo a Escatologia, os amilenistas crêem que nós já estamos passando pela Grande Tribulação, e para os pré-tribulacionistas ou tribulacionistas, nós já estamos nos últimos dias, sendo a profecia de Joel, válida para esta presente época.

 A profecia de Joel não está falando direta ou restritamente do batismo com o Espírito Santo, e sim, englobando o mesmo; a profecia de Joel nos alerta a um avivamento/reavivamento vindouro, em que estará em plena atuação o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais. A prova da atualidade do batismo com o Espírito Santo ultrapassa a delimitação do dia da fundação da Igreja Cristã Primitiva; depois disto, vemos o batismo com o Espírito Santo entre os cristãos samaritanos (Atos 8. 14-19), sobre à casa de Cornélio e seus amigos (Atos 10. 44-18); os crentes efésios (Atos 19. 4-7), os crentes em Corinto (I Co 12. 13), etc.;

Nestas passagens, se quebram algumas teses que refutam as doutrinas cridas pelo Pentecostalismo:

- Vemos a glossolalia (Línguas estranhas) como evidência externa do recebimento do batismo com o Espírito Santo (Atos 10. 46; 19. 6); alguns, junto com o batismo com o Espírito Santo, receberam o dom de profetizar, como podemos ver no advento na casa de Cornélio;

- Vemos a universalidade deste dom, mostrando que o batismo com o Espírito Santo, não foi algo reservado ou prometido somente para os crentes de Jerusalém, ou ainda para os tempos apostólicos (Atos 10. 45); até Pedro se espantou, ao ver que os gentios também recebiam o dom do Espírito Santo (Atos 10. 45b);

Quando Jesus Cristo morreu na cruz por nossas vidas, ele fez questão de que o véu, a partir daquele momento, se rasgasse (Mc 15. 38), denotando que agora, TODOS estavam legalmente com a diretiva de ter relacionamento com Deus; agora, as barreiras étnicas, humanas e naturais estão por terra; exatamente todos têm o direito de entregar o sacrifico pessoal a Deus, através da adoração (Jo 4. 23-24); se Cristo prometeu o batismo com o Espírito Santo (Lc 3. 16), essa promessa não se restringe a povo, a língua, a época ou a ocasião, mas sim, é uma promessa que se cumprirá na vida de TODO aquele que crer (Mc 16. 17); é algo real, atual e que só depende de nossa fé (vide Mc 16. 17 novamente);


O que ocorreu na casa de Cornélio provou que o poder do Espírito não estava limitado apenas ao dia de Pentecostes ou ainda, para os irmãos judeus; lembremos que Cristo disse que estes sinais seguiriam “aos que cressem”, inclusive o dom das novas línguas (Mc 16. 17b); isso não foi um presentinho de Cristo para os judeus somente, e sim, é um presente para todos os que crerem e quiserem este dom do revestimento de poder.

- Vemos este dom operando nos tempos bíblicos de forma idelimitada, mostrando que o mesmo estava em pleno vigor e mais atual do que nunca; embora, de Atos dos Apóstolos ao livro de Apocalipse, a Era ainda era apostólica, todavia, os relatos bíblicos e a História da Igreja revelam que os dons espirituais e o batismo com o Espírito Santo estavam ainda, acontecendo entre os fiés; Outrossim, o mesmo foi uma promessa de Jesus, e nenhuma promessa que Cristo fez a coletividade, se limitou aquelas pessoas ou aquele tempo, salvando algumas como a sua ressurreição (Jo 2. 19-21) e a promessa que João seria o último dos apóstolos a morrer (Jo 21. 21-23); Cristo não morreu apenas para os judeus, e sim, morreu por toda a humanidade. Sendo assim, as promessas feitas por Cristo não estão reservadas somente para os judeus, e sim, para todos, inclusive a promessa de Lucas 24. 49. O próprio Cristo disse: “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mateus 24. 35), denotando assim que, as épocas passariam, mas as suas promessas e palavras resistiriam ao tempo, mantendo-se firme e atingindo a todo aquele que crer, até porque, Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10. 34).

CONCLUSÃO:


O que ocorreu no Cenáculo, no dia de Pentecostes, em Jerusalém, com aqueles irmãos, foi o início de uma grande efusão; podemos comparar o acontecimento de Atos cap. 2, com o reavivamento que ocorreu na Califórnia, EUA, na Azusa Street, 312, denominada Avivamento da Rua Azusa (Apostolic Faith Mission). O poder que preencheu os crentes no início do séc. I foi um poder efusivo, que não ficou preso aquele dia, ou aqueles irmãos; algo que é expansivo, a tendência é progredir e crescer!

Vemos o dom do Espírito Santo manifestando sua característica efusiva através de diferentes pessoas, em lugares distintos:

Os Apóstolos Felipe, Pedro e João, em Samaria (Atos 8. 12-17);

O Apóstolo Pedro na casa de Cornélio, em Cesaréia (Atos 10. 44-48);

Ananias pessoalmente com Saulo (Paulo) depois de sua conversão (Atos 9. 17, 18);

Paulo na cidade de Éfeso (Atos 19. 1-6), etc.

O mesmo Espírito que abundou a vida dos crentes no início do séc. I quer, ainda hoje, abundar a vida de todos aqueles que quiserem e estiverem com os seus corações abertos para tal.

“Nisto, não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há macho, nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”
Gálatas 3. 28

 Paz e bem,
Cleison Oliveira.



Bíblias e livros usados neste estudo:
Bíblia de Estudo Thompson - Edição Contemporânea de Almeida
Bíblia JFA (Edição Revista e Corrigida na grafia simplificada) 
Lições Bíblicas Juvenis MESTRE  - História da Igreja - Currículo 2007

Ó Senhor, dai-nos pregadores eloquentes!

Texto do pastor Marcelo, do blog Olhar Reformado

Uns dizem que foi com Spurgeon, outros com Bunyan, como não pesquisei a fundo não posso afirmar com toda certeza, mas contam que certa ocasião, ao término de uma pregação, um dos ouvintes dirigindo-se a ele disse-lhe que pregara um bom sermão. Ao que o pregador respondeu: “Não precisa dizer-me isso, o Diabo já cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da tribuna.”.
Achei muito interessante o que você escreveu acerca do seu amigo Talles, parece que temos a tendência de buscar os holofotes, de buscar a aprovação humana através de “glórias a Deus!!!” e “Aleluias!!!” durante nossos sermões, é um tal de “amém igreja?”, ou “quem pode dizer amém?”, que chega a ser chato ouvir algumas prédicas.

Alguns obreiros da minha congregação quando estão escalados para pregar, sempre pregam assim “Deus, aleluia, tirou, aleluia, o povo, glória a Deus, do Egito, aleluia, e , louvado seja o nome do Senhor, os levou, glória a Deus, para, aleluia, uma terra, glória a Deus, que mana, Louvado seja Deus, leite, aleluia, e mel”, ou seja quando você subtrai as doxologias, não resta quase nada e ninguém entendeu quase nada. Não sei quem os ensinou a pregar assim.
O problema é que apesar de haverem algumas “decisões” pouquíssimas se firmam. É tanta vitória nos “sermões” que a igreja tem perdido muitas batalhas e nem tem notado. Sei que o Espírito age APESAR, mas não POR CAUSA disso.
Que o Senhor perdoe a nossa inércia.
Em Cristo,
Ednaldo.
- Resposta enviada ao artigo “Razões Para Não Estudar Teologia”.

Conheci papagaios maravilhosos, outros nem tanto. Chego a ser tentado a dizer que eles são facilmente educáveis, mas o bom senso me impede de ir a tanto. No máximo, o que fazem é registrar algumas combinações sonoras e reproduzi-las dentro de determinado contexto. Certamente algum dono mais dedicado julgará que menosprezo a inteligência emocional de sua falante ave. Mas, meu tema hoje, perdoem-me, é sobre um ser menos inteligente… Refiro-me aos pregadores papagaios.

Apesar de infinitamente menos capazes que as aves, estes possuem inúmeras semelhanças com elas. A começar pela cacofonia. Mesmo que possamos admirar a fala do papagaio, cedo ou tarde nos incomodaremos com sua desagradável dicção, mecânica, repetitiva e destituída de sentimentos. Algumas vezes chega a ser irritante o desmesurado falatório. Conheço alguns pregadores assim: mecânicos e sentimentalmente artificiais, além da pouca capacidade criativa.

Outra semelhança é a falta de discernimento. O papagaio não discerne nada do que diz, apenas repete o que ouviu e gostou. Caso o criador seja um evangélico que viva a dizer “glórias e aleluias”, o papagaio repetirá tais palavras, ainda que não faça a menor idéia do que signifiquem. E quem nunca conheceu um papagaio criado por um sujeito ‘boca suja’? Pregadores sem discernimento são também muito comuns. Gostam de falar, e falam muito, mas não discernem nada do que dizem.
Conheci um determinado pregador, inexperiente ele, que parecia um leão enjaulado.

Imaginem os senhores que o mesmo agarrava o microfone com as duas mãos, fechava os olhos, e começava a andar freneticamente de um lado para o outro do púlpito. E como não bastasse, muitas vezes alguém me procurava para dizer: “Reparou como ‘Fulano’ falou coisas que estão no dvd de ‘Sicrano’?”. “Meu querido, para saber disso eu precisaria ter o costume de ouvir o ‘Sicrano’, o que não é o caso. Mas, eu já imaginava que as frases de efeito eram copiadas de alguém!”.

Um dia abordei tal pregador e lhe disse: “Você precisa olhar as pessoas nos olhos…”. “Não consigo, irmão Marcelo” – ele respondeu; “fico nervoso, e se abro os olhos não sei o que dizer”. Compreendi seu drama. Faltava-lhe melhor orientação. Faltava-lhe uma adequada teologia a respeito da pregação. Imagino que para ele pregar era o mesmo que ‘botar fogo na Igreja’, e que ele desejava descer do altar tendo deixado a impressão de que era um homem de ‘poder espiritual’.
Temos aqui um sério problema cultural.

O fato é que ao longo dos anos a mentalidade pentecostal foi criando e promovendo este tipo de conceito e expectativa. Por isso, não podemos simplesmente apontar o dedo para tais pregadores. O equivoco é todos, erramos como Igreja neste ponto. Caso a culpa fosse apenas dos pregadores, eventos como o Gideões não ficariam abarrotados de pessoas, ávidas pelo show que normalmente se desenrola no ‘palco’.

Como bem destacou o comentário do irmão Ednaldo, por baixo de tanto barulho, cacofonias e expressões de efeito, dificilmente poderemos encontrar uma mensagem racional, bem articulada, e biblicamente relevante e sadia. Tais pregadores provavelmente se surpreenderiam se descobrissem que o termo “homilética” não tem nada haver com o que fazem.

Foi durante o Iluminismo que se criou o termo “homilética”. Naqueles dias diversas ciências teológicas receberam nomes gregos: dogmática, apologética, hermenêutica, pneumatologia, e assim por diante. O termo “homilética” não aparece na Bíblia, mas é derivado de dois outros termos que estão no Novo Testamento: “homilia”, substantivo que literalmente significa ‘associação, companhia’; e “homileo”, verbo que significa ‘falar’, ‘conversar’.
Se levarmos tal etimologia ao ‘pé da letra’, talvez possamos definir homilética como sendo a arte de conversar sobre a fé cristã com outras pessoas. Gosto de tal definição. Ele nos faz passar bem longe do que muita gente imagina como ‘pregação’ nos dias de hoje, especialmente em alguns redutos pentecostais e carismáticos.

Quando eu converso com alguém sobre determinado assunto, não me é necessário gritar, berrar, dar pulos e fazer malabarismos mil! Antes, eu organizo as idéias, uso ilustrações, faço comparações, mantenho um tom de voz agradável, dando ênfase nos pontos que julgo mais relevantes… Algumas vezes posso conversar mostrando fotos, ou um gráfico. O mais importante é que eu me faça compreender pelo interlocutor. Quantas pregações maravilhosamente práticas e bíblicas teríamos caso metade dos pregadores conversassem conosco sobre o tema do sermão!

Sim! Nada a mais, nada a menos! Apenas conversar sobre o tema do sermão, que evidentemente, deve ser bíblico, tanto na forma quanto no conteúdo. Alías, ser bíblico é uma necessidade precípua do pregador. O apostolo Pedro adverte que “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus!” (I Pedro 4.11). Veja como é simples a pregação: falar segundo as palavras de Deus! Em outras palavras, pregar é simplesmente se colocar perante o povo de Deus e poder dizer: “Hoje aprenderemos o que a Palavra de Deus tem a nos ensinar sobre isto!”.

Leia mais: Olhar Reformado

A todos vós,


Paz e bem!

Você sabe o que é DOXOLOGIA?

Essa palavra é lida nas epígrafes de alguns textos bíblicos, como em Judas 24, só que, procurando em alguns dicionários, não encontrei o tão desejado significado...
Restou-me perguntar ao Tio Google para ver o que o mesmo haveria de me responder.

A doxologia (Do gr. = glorificação) foi uma fórmula de louvor e glorificação frequente no AT aplicada a heróis e heroínas (p.ex., Judite) e principalmente a Deus. No NT, embora apareça referida a pessoas humanas (especialmente a Maria e Isabel), dirige-se habitualmente a Deus.
Na tradição da Igreja, foram-se fixando desde os primeiros séculos várias fórmulas de doxologia, para uso litúrgico e da devoção popular, de que a mais divulgada é “Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo…”. Entre os hinos, têm especial importância o “Glória a Deus nas alturas...” Merece também referência a série de aclamações que começa com “Bendito seja Deus...”.
A glorificação também é compreendida como a última fase do processo da salvação; sendo que este processo envolve três fases que se relacionam entre si, primeira fase: justificação, segunda fase: santificação e por fim a glorificação.

Fonte: Wikipédia

13 de setembro de 2009

CRENTES COM ENXÚNDIAS NAS ILHARGAS

 
Texto de João Neres
“Porquanto cobriu o rosto com a sua gordura e criou enxúndias nas ilhargas.
(Jó 15. 27)

Ao intrigar-me com estas duas palavras recorri primeiramente ao dicionário para saber o significado de ambas e depois ao Espírito Santo para entender qual a lição espiritual poderíamos tirar delas.
Segundo o dicionário enxúndia é gordura ou banha das aves e de porco, enxundiar é engordar, cevar... Por outro lado ilharga é cada uma das partes laterais e inferiores do baixo ventre. Ou seja, “enxúndias nas ilhargas” são aquelas “gordurinhas” indesejadas que tiram a nossa elegância e atrapalham a nossa saúde.

Lembro-me que no ano de 1985 quando ingressei no Corpo de Fuzileiros Navais, com as corridas e demais exercícios diários, pesava 65 quilos e quando caminhava sentia vontade de correr, pois tal era a disposição física. Hoje com 20 quilos a mais e 2 hérnias de disco e algumas enxúndias nas ilhargas, quando tento correr, penso em parar, tal é a indisposição física.

O que será que fazemos, ou deixamos de fazer ao longo da vida para adquirimos essas enxúndias nas ilhargas? RESPOSTA: Um churrasquinho aqui, uma feijoada ali, uma ceia de natal hoje, uma ceia de ano novo na outra semana, um salgadinho aqui e um pastel de queijo acolá, um pudim hoje e um pavê amanhã... e vou parar a relação para não ser conhecido como acusador de consciências!!!. Mas, em suma, as enxúndias nas ilhargas são contraídas ao logo da nossa existência em função da nossa má alimentação, aliada ao nosso sedentarismo.

O que será que fazemos, ou deixamos de fazer ao longo da nossa vida espiritual para adquirirmos essas enxúndias nas ilhargas? RESPOSTA: Uma murmuração aqui, uma mentirinha ali, uma novelinha à noite hoje e amanhã à tarde “vale a pena ver de novo”, uma piadinha aqui, uma olhadinha acolá, uma fofoca hoje, uma calúnia amanhã... e vou parar a relação para não ser conhecido como acusador de consciências!!! De novo! Mas, em suma, as enxúndias nas ilhargas são contraídas ao longo da nossa caminhada cristã, em função da nossa má alimentação espiritual aliada ao nosso sedentarismo missionário.

As enxúndias nas ilhargas explicam a indisposição de muitos crentes para o evangelismo, para a contribuição com o carnê missionário, para a participação nos cultos nos dias de chuva. Ele até pensa em correr, mas as enxúndias nas ilhargas, mal lhe permitem caminhar.
Não existe fórmula secreta para emagrecer, o que existe são propagandas enganosas para vender produtos falsos. Semelhantemente, na vida espiritual não existem fórmulas secretas para perder as enxúndias nas ilhargas do dia pra noite, o que existem são falsos pregadores e obreiros fraudulentos vendendo uma falsa prosperidade espiritual. Alguns falsos cirurgiões têm feito algumas cirurgias e deformado pessoas inocentes. Da mesma forma, muitos pregadores inescrupulosos têm deformado espiritualmente pessoas mal informadas.

O Apóstolo Paulo traz uma receita para perdermos as enxúndias nas ilhargas, “Mas rejeita as fábulas profanas e velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade; Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” (1 Tm 4:7,8). Peça uma dieta ao Espírito Santo e Ele provavelmente vai lhe recomendar abstinência das concupiscências dos olhos, um pouco mais de oração e leitura da Palavra, acompanhados da comunhão dos santos.

Exercita-te durante o ano de 2009 nos cultos de doutrina, na Escola Dominical, nos trabalhos de evangelismo, nas caravanas missionárias etc.
Saia desse marasmo espiritual e deixe o Doutor Jesus fazer uma “lipoaspiração espiritual” para que voltes ao primeiro amor e tu sejas um verdadeiro atleta e bom soldado de Cristo.
E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível” (1 Co 9:25)


Pastor João Neres
2º Vice-Presidente da AD na Rua Artur Rios - RJ.

11 de setembro de 2009

Calvinismo versus Arminianismo: qual das visões está correta?

O Calvinismo e o Arminianismo são dois sistemas teológicos que tentam explicar a relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana em relação à salvação. O Calvinismo recebeu este nome por causa de John Calvin (João Calvino), teólogo francês que viveu de 1509 a 1564. O Arminianismo recebeu este nome por causa de Jacobus Arminius, teólogo holandês que viveu de 1560 a 1609.

Os dois sistemas podem ser resumidos em cinco pontos. O Calvinismo defende a “depravação total”, enquanto o Arminianismo defende a “depravação parcial”. Segundo a “depravação total”, cada aspecto da humanidade está contaminado pelo pecado, e por isso, os seres humanos são incapazes de vir a Deus por iniciativa própria. A “depravação parcial” defende que cada aspecto da humanidade está contaminado pelo pecado, mas não ao ponto de fazer que os homens sejam incapazes de colocar sua fé em Deus por iniciativa própria.

O Calvinismo defende a “eleição incondicional”, enquanto o Arminianismo defende a “eleição condicional”. A “eleição incondicional” afirma que Deus elege pessoas para a salvação baseado inteiramente em Sua vontade, e não em nada que seja inerente à pessoa. A “eleição condicional” afirma que Deus elege pessoas para a salvação baseado em sua pré-ciência de quem crerá em Cristo para a salvação.

O Calvinismo defende a “expiação limitada”, e o Arminianismo defende a “expiação ilimitada”. Este, dos cinco pontos, é o mais polêmico. A “expiação limitada” é a crença de que Jesus morreu apenas pelos eleitos. A “expiação ilimitada” é a crença de que Jesus morreu por todos, mas que Sua morte não tem efeito enquanto a pessoa não crê.

O Calvinismo defende a “graça irresistível” e o Arminianismo, a “graça resistível”. A “graça irresistível” defende que quando Deus chama alguém para a salvação, esta pessoa inevitavelmente virá para a salvação. A “graça resistível” afirma que Deus chama a todos para a salvação, mas muitas pessoas resistem e rejeitam este chamado.

O Calvinismo defende a “perseverança dos santos”, enquanto o Arminianismo defende a “salvação condicional”. A “perseverança dos santos” se refere ao conceito de que a pessoa que é eleita por Deus irá perseverar em fé e nunca negará a Cristo ou se desviar Dele. A “salvação condicional” é a visão de que um crente em Cristo pode, por seu livre arbítrio, se desviar de Cristo e, assim, perder a salvação.

Portanto, neste debate entre Calvinismo e Arminianismo, quem está correto? É interessante notar que na diversidade do Corpo de Cristo, há toda a sorte de mistura de Calvinismo e Arminianismo. Há quem apóie cinco pontos do Calvinismo e cinco pontos do Arminianismo, e ao mesmo tempo, há quem apóie apenas três pontos do Calvinismo e dois pontos do Arminianismo. Muitos crentes chegam a um tipo de mistura das duas visões. No final, é nossa visão que os dois sistemas falham por tentar explicar o inexplicável. Os seres humanos são incapazes de compreender totalmente um conceito como este. Sim, Deus é absolutamente soberano e de tudo sabe. Sim, os seres humanos são chamados a fazer uma decisão genuína a colocar sua fé em Cristo para a salvação. Estes dois fatos parecem contraditórios para nós, mas na mente de Deus, fazem completo sentido.

Texto Base

7 de setembro de 2009

O que a igreja ensina e os tele-evangelistas negam


Por Renato Vargens

Inúmeros pastores têm compartilhado as suas preocupações com os ensinamentos ministrados por alguns dos alguns tele-evangelistas. Há pouco, um pastor amigo me disse: "A gente dá um duro absurdo ensinando aos membros de nossas igrejas a sã doutrina para que esses lobos vorazes desconstruam tudo que ministramos, através de seus programas televisivos."

Isto posto, afirmo sem a menor sombra de dúvidas que aquilo que a igreja ensina, os tele-evangelistas negam, senão vejamos:


A igreja ensina que em Cristo o escrito de dívida que constava contra nós foi cancelado; já os tele-evangelistas ensinam que os crentes precisam se libertar das maldições hereditárias.

A Igreja ensina que Jesus é o Senhor; os tele-evangelistas que Deus é o gênio da lâmpada mágica.

A igreja ensina que as Escrituras nos bastam; já os tele-evangelistas de que o mais importante são as experiências.

A igreja ensina que devemos orar segundo a vontade de Deus; os tele-evangelistas que devemos decretar a bênção.

A igreja ensina que aqueles que buscam o reino de Deus, todas as coisas lhes serão acrescentadas; os tele-evangelistas de que em Cristo seremos ricos.

A igreja ensina que Jesus Cristo é Deus; os tele-evangelistas de que ele é fonte de vitória.

A igreja ensina sobre a trindade; os tele-evangelistas o unitarismo.

A igreja ensina sobre a mordomia cristã; os tele-evangelistas de como extorquir dinheiro do povo.

A igreja ensina sobre um Deus soberano que governa sobre todas as coisas; os tele-evangelistas de que Deus pode ser surpreendido por catástrofes e tragédias.

A igreja ensina que os nossos cultos devem ser cristocêntricos; os tele-evangelistas de que devem ser antropocêntricos.

A igreja ensina que adorar a Deus é humilhar-se pedindo perdão pelos pecados; os tele-evangelistas de que adorar é saltar de alegria nos famigerados shows gospel.

A igreja ensina de que não devemos perder tempo com o diabo; os tele-evangelistas de que devemos entrevistá-los.

A igreja ensina a simplicidade do evangelho; os tele-evangelistas a zooteologia, onde cães, leões, águias e outros bichos mais se fazem presentes nas manifestações de louvor a Deus.

A igreja ensina que os ritos sacrificiais e as festas judaicas foram abolidos definitivamente por Cristo na cruz do calvário; Os tele-evangelistas judaizaram a fé.

A igreja ensina que o maligno não nos toca; os tele-evangelistas de que basta dar legalidade que o diabo faz um inferno na vida do crente.

A igreja ensina sobre discipulado; os tele-evangelistas sobre coronelismo e cobertura espiritual.

A igreja ensina que avivamento se faz presente através do choro e arrependimento; os tele-evangelistas que avivamento é barulho.

A igreja ensina o perdão, os tele-evangelistas o ódio.

Pois é, cara pálida: Dias difíceis os nossos! Que Deus tenha misericórdia da sua grei!


***
Texto de Renato Vargens, em seu blog pessoal.
Divulgação: Sola Scriptura

3 de setembro de 2009

Conformismo e Burocracia

Postado por Gutierres Siqueira

Muitas denominações antigas passam por um longo e doloroso processo de burocratização. São igrejas que reproduzem vícios, tais como o tradicionalismo exacerbado, a liderança centralizadora e a aversão pela renovação. Quem já foi em reuniões de obreiros de algumas igrejas tradicionais no Brasil sabe o que eu estou dizendo. Nesses espaços existe pouca reflexão e consciência crítica. O que sobra nesses ambientes é uma excessiva reverência antibíblica aos grandes líderes. Todos balançam suas cabeças em concordância com tudo que é proposto, sem nunca contestar e propor melhorias. O maior mal é que essa liderança burocratizada acha que "tudo está bem". O mundo pode desabar, mas são pessoas que pensam que estão vivendo um avivamento.


Portanto, é interessante observar essa relação horrível entre uma liderança acrítica, conformista, reprodutora de vícios, com a burocracia tradicionalista. Ora, como bem disse o historiador luterano Jaroslav Pelikan, a "tradição é a fé viva dos mortos. Tradicionalismo é a fé morta dos vivos". Mas é preciso fugir desse ambiente de mortos!


Blog Teologia Pentecostal