13 de agosto de 2010

Uma igreja aberta para o novo.

 por Cleison Brugger

Toda igreja que se preze tem divergências, sejam elas teológicas ou puramente ideológicas. Digo isso, pois já haviam divergências na igreja primitiva (Atos 15. 1,2), contudo, tais divergências não foram impecílios para o agir de Deus no seio de sua igreja, pois a essência da graça na vida da igreja supera toda e qualquer falha a nível humano.

Um sinal de que na igreja existe a plena atuação do Espírito Santo, é quando nela existe liberdade de expressão; uma igreja aberta para discussões teológicas ou até mesmo discussões de idéias afins, é uma real prova de que a mesma enseja soluções. A liberdade de discutir - concordando ou não - é sinal de que realmente somos irmãos e de que há liberdade entre nós.

Infelizmente, em alguns círculos evangélicos, existe uma não pequena discriminação, com o membro que tem uma opinião divergente da massa. Algumas igrejas são tão misoneístas (contrárias aquilo que é novo), que concentram seus ideais na cúpula eclesiástica. Tais igrejas mostram claramente que não provaram, muito menos vivem a liberdade que há em Cristo Jesus; nessas igrejas, os membros não tem a sadia liberdade de pensar, ponderar ou expressar suas opiniões, mas são manipulados, e assim, acabam infelizes, medrosos, sentindo-se culpados todas as vezes que pensam ou agem de forma diferente. Em tais situações, a vida deles se torna uma farsa, pois não é autêntica, nem cristã, nem desejável.

Infelizmente, muitas igrejas se tornam superficiais, porque não há abertura para o confronto ideológico. Um fato histórico que, para mim, mostra uma liberdade de expressão plausível, foi no início da déc. 10, com a chegada dos missionários disseminadores da doutrina pentecostal no Brasil, Daniel Bérg e Gunnar Vingren. A Igreja Batista de Belém-PA, aceitou (ainda que forçosamente) que alguns de seus membros aderissem a doutrina pentecostal, não sendo agressiva quanto à disseminação daquela "nova doutrina", mas respeitando a escolha que alguns de seus membros fizeram, ao aceitar aquela nova idéia vinda dos EUA; ao excluir os membros que aderiram ao pentecostalismo (o que foi perfeitamente claro), prosseguiu com sua linha tradicional, enquanto os membros excluidos começaram a caminhar os passos pentecostais. Isso é prova da atuação viva, eficaz e operante do Espírito Santo, na vida de sua igreja, pois onde Ele está, aí também há liberdade (2Co. 3.17).

Até mais...

Cleison Brugger.

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