por Cleison Brugger
Ouvi estes dias, num CULTO DE MISSÕES, a seguinte oração feita por um pastor:
"- Senhor, nós queremos almas. Traga as almas até nós; não veio nenhuma pessoa à frente, porque ninguém convidou! Traga as almas até nós!". Como isso soou estranho para mim. Orar deste modo é como dizer a Deus: "Faça o meu trabalho, ó Deus! Deixe-me no meu comodismo! Permita-me exercer a indolência!". Ora, o que aconteceu com o imperativo de Cristo em Marcos 16.15? Relembremos a ordenança que Cristo nos deu: "E disse-lhes: IDE por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16.15). Isso parece claro para mim! Jesus falou isso com clareza, para que não restasse dúvidas. O certo seria a igreja sair e disseminar o evangelho de Cristo, e não Deus trazer "as almas" até nós, como se essa fosse uma tarefa para Ele realizar!
Temos vivido o tempo do "venha a nós". A oração do Pai-Nosso tem sido manipulada em razão de nossos supérfluos. Pessoas estão morrendo sem ouvir falar de Cristo, e nós estamos acomodados com os nossos supérfluos dentro de quatro paredes, e isso é completamente detestável. Estamos preocupados em "abrir células", estamos atarefados em "orar pedindo almas" e ainda temos o cinismo de dizer que Deus tem se agradado de nosso trabalho. Que trabalho? O que temos feito? Aliás, temos feito muita coisa, pena que nenhuma delas são as que Cristo nos mandou fazer.
A Bíblia diz: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? e como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés [pés para sair e anunciar, não mãos para pedir] dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem [se eles trazem é porque sairam para levar] alegres novas de boas coisas." (Romanos 10.14,15).
Isso é de difícil compreensão? Creio que não! Vamos parar de pedir para Deus fazer aquilo que Ele nos mandou realizar. Se apenas na oração estivesse a chave para ganharmos almas, Jesus nos teria salvo no Getsêmani, sem precisar ir ao Calvário. O nosso calvário é o mundo, vamos até ele!
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