por Orlando Boyer
"Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos" (João 13,35)
Amor é o emblema, a insígnia, o distintivo pelo qual os homens nos distinguem dos discípulos de outras religiões. Conhecem-se os discípulos de Zoroastro pelo sistema religioso de dois deuses e seu matrimônio incestuoso. Conhecem-se os adeptos de Brama pela sua incomparável abnegação em comer e vestir. Conhecem-se os discípulos de Pitágoras por sua deferência aos números quatro e sete; os díscipulos de Platão, pelas ideias fantásticas do côncavo da lua; os discípulos de Zenon, por seus sonhos de apatia e infelicidade; os discípulos de Maomé em seu rigor em observar os decretos de Alá. Podemos conhecer os discípulos dos escribas por suas tradições e exposições da lei; os discípulos dos fariseus pelo seu formalismo e hipocrisia; [...] os discípulos dos saduceus, pela negação da providência de Deus e descrença na ressurreição. Os discípulos de Cristo, contudo, serão conhecidos, não por seus milagres (ICo. 13. 1,2), nem por seus sermões, nem por sua doutrina, mas por seu amor - amor personificado em Jesus o Filho de Deus, aqui na terra.
(BOYER, Orlando. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007, pp. 329,30).
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