10 de setembro de 2010

Um pseudo-avivamento

por Cleison Brugger

O que mais temos nos dias de hoje, em nossas igrejas, são crentes "fascinados". Fascinados com os movimentos que têm acontecido em algumas igrejas carismáticas. Uns ainda ousam afirmar que "um pequeno avivamento está acontecendo!". A pergunta é a mesma feita por Paulo: "Quem vos fascinou a vós outros? [...]" (Gálatas 3.1a). Tem-se falado muito de renovação e avivamento, mas precisamos admitir que estamos longe de vivenciarmos um. Assim digo porque apesar de toda a tendência carismática que norteia a igreja atualmente, nada de realmente grande, a nível espiritual, tem acontecido.
O que se vê hoje é uma igreja "festeira", mais preocupada com resultados numéricos do que com o crescimento real do reino de Deus.

Afirmo que estamos longe de um avivamento, porque estamos longe dos princípios básicos que constituem um. Não ousamos fazer como Habacuque, o profeta, que, ao clamar por avivamento, disse: "Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica;" (Hc. 3.2). Habacuque, antes de clamar por avivamento, declarou que ouviu a Palavra do Senhor e temeu. Os elementos oração (clamor), Bíblia (Palavra) e temor (que nos leva peremptoriamente à santidade), são indissociáveis de qualquer avivamento. Nenhum avivamento pode acontecer, sem que estes elementos não estejam presentes, e se queremos afirmar que algum avivamento está acontecendo, devemos nos render ao óbvio e afirmar cinseramente que a igreja atual está longe destes elementos precípuos.

Como podemos afirmar que "há um avivamento acontecendo", se a Bíblia, defendida por alguns como regra de fé e prática, tem sido abandonada? Se tivermos uma volta a Bíblia, talvez tenhamos um começo de algum avivamento. Contudo, nos dias de hoje, a Bíblia só têm sido usada para defender interesses e achismos, e não para uma séria apologética. e a oração? esta só tem sido interessada quando os motivos de a fazer envolve interesses pessoais. E o temor a Deus? muitos preferem temer a líderes e pastores, com seus dogmas e listas do que podem ou não fazer, a ter que se curvar à soberania do Altíssimo.

A vida de alguns pode ser tudo, menos cristã, pois não parecem nem um pouco com Aquele que aos domingos chamam de SENHOR! E o desejo ardente por santidade? Que nada, muitos estão desejosos mesmo de sentirem arrepios, terem "experiências" e serem "cheios" de algum "poder", que alguém teima em dizer que é de Deus... pena que tudo isso passa ao decorrer da semana, e na semana seguinte, todos estão iguais ou piores do antes. O que vem realmente de Deus é permanente! Fogo que vem de Deus, refina o homem inteiror, arde continuamente e não se apaga facilmente.

"O Espírito Santo sopra como um gentil cavalheiro; sendo assim, paremos com histerismos carnais e voltemos à verdade." - Gilberto Di Santi (@gilbertodisanti)

O Show tem que parar!

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