8 de junho de 2010

Assembléia de Deus: seus melhores anos já foram vividos.

por Cleison Brugger

É surpreendente saber que denominações com mais de 150 anos de fundação no Brasil, ainda não chegaram a 1 milhão de membros, e ver a Assembléia de Deus, com 99 anos incompletos, ultrapassar a marca de 13 milhões de fiés somente no Brasil.
É de orgulhar saber que, com a chegada da Assembléia de Deus no Brasil, pela primeira vez cogitaram na possibilidade antes jamais imaginada de que, no futuro, o Brasil poderia se tornar uma nação protestante. 

Ao longo de muitos anos a Assembléia de Deus vem escrevendo sua história, que por sinal, tem linhas belíssimas: missionários fascinantes, obreiros dedicados, igrejas avivadas e um crescimento vertiginoso.
Entretanto, à partir de 1982, com o desligamento dos obreiros do ministério de Madureira da CGADB, a carga da caneta acabou e a história antes tão bela, parou de ser escrita.
Hoje, tudo o que a Assembléia de Deus tem são lembranças, recordações de momentos que passaram.

Nossos grandes líderes de antigamente estão dormindo no Senhor, e os que ainda estão conosco, não tem voz ativa como antes, restando-lhes também, a saudade dos missionários pioneiros. A Assembléia de Deus, infelizmente parou. Parou, porque muitos de seus pastores desfocaram-se da real missão.

Hoje, a entidade que responde pelas Assembléias de Deus no Brasil (CGADB - Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil) está em declínio e em completa desordem. Hoje, muitos dos famosos líderes e pastores desta igreja estão trilhando caminhos escusos.
Enquanto antes, uma das tradições da AD era a de restringir o púlpito somente para os ministros da igreja, sendo proibido para mulheres, hoje, o mesmo está aberto ao público, subindo deputados (as), senadores (ras) e até mesmo, candidatos à República.

Lamentavelmente, a historicidade desta igreja cessou. Dos anos 90 até aqui, a Assembléia de Deus não tem muito o que comemorar, a não ser lamentar pelos ministérios independentes que surgem a cada dia, em cada esquina.

Para comemorar não há motivos aparentes, mas para chorar, tem aos montes; entre eles, a exposição das incongruências da Convenção Geral na mídia e imprensa nacional, a renúncia do vice-presidente da convenção Geral em rede nacional e da carismania, frenesis e transes que aconteceram em Manaus, na Convenção da AD no Estado, também mostrado em Tv aberta.

Tudo isso mostra uma história inacabada. Sim, são 100 anos, mas desde a década de 80-90, tudo o que se vê no altar do pentecostalismo assembleiano, são cinzas de um fogo que outrora incendiou uma nação chamada Brasil.

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