3 de abril de 2010

Umas são como Frida. Outras são como Sara.

por Cleison Brugger.

Lendo sobre a história da Assembléia de Deus no Brasil, percebemos que poucas foram as mulheres que se destacaram entre a liderança assembleiana.
Entre estas poucas, encontramos uma mulher chamada Frida Strandberg Vingren, esposa do Pastor Gunnar Vingren.
Segundo relatos, Frida Vingren era uma líder nata. Só não foi erguida como diaconisa ou pastora, por pressão e desaprovação clerical machista assembleiana da época, já que a mesma tinha todo o apoio do esposo (Gunnar Vingren), que era totalmente a favor do ministério feminino. Frida Vingren:
• Compunha hinos;
• Redigia textos para o Mensageiro da Paz;
• Preparava esboços de pregação;
• Ministrava nas praças e jardins do centro do RJ;
• Dava aula na Escola Dominical da AD em São Cristóvão-RJ;
• Cuidava dos filhos e da saúde fraca de seu esposo (Ela era enfermeira formada),
• Costurava;
• Traduzia hinos do inglês e do sueco;
• Era líder do culto na Casa de Detenção do Rio, cujo auxiliar era o Pr. Paulo Macalão.
• Lia sempre a palavra introdutória nos começos de culto na ADESC;
• e dirigia os cultos na falta do esposo.

 Frida chega a escrever um texto no Mensageiro da Paz disciplinando a conduta dos obreiros. Mulher exortar obreiro naquela época? algo incomum e totalmente reprimido pelos pastores da época, mas Frida o fez, obedecendo a um chamado de Deus que não se podia ocultar, tamanha a sua limpidez.  

Frida Vingren é a figura da esposa do pastor que é enérgica, influente e sempre a frente da alguma coisa na igreja, como a regência do Coral ou do Círculo de Oração.

Ao contrário de Frida, temos uma irmã tão importante quanto, chamada Sara Bérg, esposa do pioneiro Daniel Bérg, também fundador da Assembléia de Deus, junto com Gunnar Vingren.

A mesma não exerceu tanta influência como Frida Vingren, porém, não perdeu sua importância. Se Frida Vingren atuava no palco, Sara Bérg trabalhava por trás das cortinas. Se Frida participava das convenções e reuniões da igreja com o esposo, Sara atuava em oração pelos convencionais. Se Frida Vingren tomava a frente de uma classe para lecionar ou de um púlpito para ministrar, Sara Bérg atuava em oração, com a porta de seu quarto entreaberta.

Assim, concluo que: seja a esposa do pastor enérgica como Frida ou mansa como Sara, ambas são imprescindíveis na obra do Senhor. Seja ajudando nos cultos, seja ajudando em oração, cada uma tem sua função no ministério do esposo.

Aí, prevalece a frase que diz: "Ao lado de um grande homem, sempre tem uma grande mulher", e ainda, dá-se valor e razão ao que o apóstolo disse: "Cada um fique na vocação em que foi chamado." (I Co. 7. 20).

4 comentários:

Geane disse...

Gostei e muito me interessou este assunto, principalmente porque já lí a história de Vingren e Daniel Berg umas 3 vezes....aprendí a admirar esses grandes homens de Deus e suas esposas que nos servem de exemplo.....sempre estarei passando por aqui para ver mais novidades!!

Geane disse...

Amei este texto......

Cleison Brugger disse...

Que bom que você gostou e se interessou. Realmente a história dos irmãos pioneiros (e pioneiras) são deveras abençoadoras e edificantes.
Estou pesquisando sobre a vida de Signe Carlson, Frida Vingren, Eufrosine Kastbérg, Lídia Nelson e outras mulheres esposas de pioneiros, para reiterar a importância que cada uma teve, seja ao lado do esposo, no campo missonário ou na vida da igreja.

Espero ver-te por aqui mais vezes!
D-us lhe abençoe grandemente.

daladier.blogspot.com disse...

Prezado Cleison, publiquei algo a respeito de Frida e citei partes de seu artigo. Parabéns. Visite meu blog e, se quiser, opine. Também estou te seguindo.

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