16 de maio de 2011

Marcas da Igreja medieval na Igreja contemporânea

por Cleison Brugger

A Igreja cristã foi fundada por volta do ano 29 d.C, e subsiste ainda hoje, graças à promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo, de que "as portas do inferno não prevaleceriam contra ela" (Mt. 16.18). Entretanto, a Igreja como instituição já passou por muitos declínios e, ainda hoje, está em um período declinatório, e é interessante notar como, no passar dos séculos, a igreja cai nos mesmos erros de antigamente.

No séc. X, a igreja passara por uma não pequena crise moral. O alto clero tinha o mesmo status de nobreza, as regras canônicas eram negligenciadas e os sacerdotes estavam em plena degeneração. Em alguns lugares, cargos religiosos como os de bispo e arcebispo eram vendidos a nobres que nem sequer sabiam celebrar uma missa e se mostravam mais interessados em dilapidar os bens da instituição do que em promover a doutrina cristã.

Hoje, no séc. XXI, a igreja enquanto instituição certamente mudou, mas curiosamente reincide nos mesmos erros de outrora. Na atualidade, muitos pastores já possuem o título de "doutor" (status de nobreza), as regras canônicas também são postas de lado e muitos obreiros estão no cargo por status e/ou por ganância. Não sabem sequer presidir um culto!

Igrejas são passadas de pai para filho (como algumas igrejas do Ministério de Madureira, das Assembleias de Deus), tal qual um feudo era passado como herança, cargos são distribuídos na igreja por parentesco, obreiros são consagrados por interesses pessoais de quem os consagra e o povo é oprimido com a tirania legalista do "alto clero". Como podemos perceber, os séculos passam, mas os erros são sempre os mesmos. Como disse Salomão, o pregador, "não há nada novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: 'Eis aqui algo de novo', ela já nos precedeu, nos séculos que houve antes de nós" (Ec. 1.10).

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