Há um tempo, este jovem pentecostal clássico, esfomeado pela autenticidade, pela verdade e pela glória suprema do Eterno, tem se rendido ao pensamento calvinista. Isso porque muitas pessoas também tem se rendido, e eu tenho sido mais uma vítima. A revista Time (americana), em sua lista das 10 influências mais importantes no mundo na atualidade, listava como 3º pensamento mais influente no mundo o neo-calvinismo ou "novo" calvinismo, como queiram, e, através de homens como John Piper, C. J. Mahaney, Tim Keller, Waine Grudem e outros, tenho aberto meus olhos para algumas coisas e tenho percebido quão errado tenho pensamento e agido nestes anos de caminhada. Sim, este jovem tem pensamento muito a respeito. sim, ainda sou pentecostal. Sim, sou um amante da verdade.
Abaixo transcrevo uma parte do texto do pastor Juan de Paula, que, à partir de 2004, se uniu a alguns milhares e também se curvou ao pensamento neo-calvinista. Ele lista 6 pontos entre o "novo" calvinismo x o "velho" calvinismo, e abaixo trascrevo o 4º ponto, onde ele coloca o neo-calvinismo como sendo fervoroso e carismático:
O “novo” calvinismo é fervoroso e carismático. John Piper salienta “por um lado, temos os conservadores, extremamente meticulosos com as idéias acerca de Deus e com a preocupação de ter as doutrinas corretamente estabelecidas, aos quais digo: amém! Estou com vocês. Por outro lado, temos os carismáticos, perdidamente simplórios com relação à doutrina e entregues à emoção – levantam as mãos e batem palmas, seus pés pulam e eles sentem algo diferente, caso contrário o Senhor não está naquele lugar! Também estou com Eles! Odeio a separação entre os dois. Farei todo o possível, dentro das minhas forças e enquanto estiver vivo, para ajudar essas pessoas a enxergarem que elas estão dando a Deus apenas à metade da sua glória. Conhecer a Deus verdadeiramente e não sentí-Lo de forma devida é dar-Lhe apenas metade de Sua glória. Sentí-Lo de forma devida e não conhecê-Lo verdadeiramente é dar-Lhe apenas metade de Sua glória. Devemos dar a Deus toda a Sua glória, assim como Jonathan Edwards destacou.” (PIPER, O alvo do aconselhamento bíblico é a glória de Deus In Coletâneas de Aconselhamento Bíblico, vol. 6).
O “novo” calvinismo, se não em todos os seus adeptos, mas em considerável parte, aceita a atualidade, contemporaneidade e continuidade dos dons extraordinários dados pelo Espírito Santo em detrimento do cessacionismo defendido por boa parte dos eruditos reformados. O “novo” calvinismo posiciona as afeições cristãs, parodiando Jonathan Edwards, em seu devido lugar com bom uso das manifestações físicas.
Texto completo aqui
26 de setembro de 2010
21 de setembro de 2010
Como atribuir uma manifestação ao Espírito Santo
por Hermes C. Fernandes
Pra início de conversa, quero deixar claro que creio na contemporaniedade dos dons espirituais. Em outras palavras, não sou cessacionista. Os dons devem permanecer na igreja até que tenhamos chegado à perfeita varonilidade, à estatura de Cristo (Ef.4:13). A meu ver, ainda estamos longe disso.
Entretanto, considero uma blasfêmia atribuir certas manifestações bizarras ao Espírito de Deus.
É deprimente assistir pelo Youtube a cultos onde as pessoas são tomadas de êxtase, girando de um lado pro outro, em gestos e expressões corporais muito parecidos com os encontrados no candomblé.
Por que razão o Espírito Santo, meigo do jeito que é, levaria pessoas a se contorcerem no chão, ou a descaracterizarem suas fisionomias?
O Apóstolo Paulo afirma que as manifestações do Espírito são para aquilo que for útil (1 Co.12:7). Então, que utilidade tem derrubar as pessoas? Que utilidade tem ficar rodopiando pelo salão da igreja?
Recuso-me a crer que tais bizarrices sejam provocadas pelo Espírito de Deus.
Você imaginaria os discípulos de Jesus fazendo tais coisas? Ou mesmo Jesus, o Filho de Deus, com Sua face desfigurada, falando em línguas aos berros?
Tais manifestações devem ser atribuídas à infantilidade de alguns crentes. Não duvido de sua sinceridade, nem mesmo ponho em xeque sua experiência com Deus. Porém, a maneira como extravasam suas experiências se deve mais ao condicionamento adquirido em suas congregações.
Se numa determinada igreja, as pessoas possuem manias excêntricas de expressar o gozo do Espírito, um novo crente acabará assimilando os seus trejeitos.
Há também uma pitada generosa de exibicionismo. Em certas comunidades, a espiritualidade é aferida pelo volume do grito, ou pela habilidade em sapatear de olhos fechados. Isso acaba produzindo gente doente, que no afã de chamar atenção, é capaz de qualquer coisa, por mais ridícula que seja.
E o pior é o escândalo que isso pode provocar na comunidade.
Paulo diz que nosso culto a Deus deve ser racional (Rm.12:1), e que devemos deixar de lado as coisas de menino (1 Co.13:11).
Em vez de pular, rodopiar, fazer caras e bicos, que tal nos prostrar diante do Senhor e adorá-lO em espírito e em verdade?
Ademais, Jesus disse que o Espírito Santo não chamaria a atenção para Si mesmo, mas para Cristo (Jo.16:13-14). Ele é como um holofote sobre Jesus, e não Alguém que queria ser o centro das atenções. Por isso, Ele costuma ser tão discreto.
Fonte: Blog do Hermes Fernandes
13 de setembro de 2010
Contrários a liberdade
por Gustavo Guilherme
Todo mundo tem medo. Alguns os enfrentam, outros se deixam dominar por eles.
Eleuterofóbico é o nome dado a todo aquele que tem medo de ter liberdade, ou melhor, é todo aquele que tem ojeriza, aversão ou medo mórbido de assumir responsabilidade ou adquirir autonomia em qualquer área de sua vida.
Ah! Como eu lamento por conhecer inúmeras pessoas que sofrem, sem saber, desta triste fobia. Homens e mulheres que um dia ouviram o chamado à liberdade de Cristo, decidiram-se por seguir sua voz, mas que foram oprimidos por líderes tiranos que apregoavam um outro evangelho, cujo deus não passa de um tirano cruel e mesquinho. Ou até mesmo pessoas que nunca foram aconselhadas ou encorajadas a pensar por si mesmos.
A maioria dos cristãos que conheço têm preguiça de assumir uma postura sobre determinado assunto, e conformam-se à sombra da opinião de seus líderes. Aliás, para alguns, a necessidade de assumir autonomia e responsabilidade sobre tudo aquilo que pensamos, pregamos, cantamos, etc. chega a ser um escândalo. Cantamos as músicas que mais tocam nas rádios, mesmo que elas digam que deus é fraco e tolo; pregamos mensagens enlatadas e aplaudimos pregadores viciados em jargões que não passam de mentiras; colocamos no pedestal todo aquele que possui um talento qualquer, mesmo que não passe de um mau caráter.
Liberdade e autonomia… Entristeço-me ao notar que estes dois pilares da mensagem de Jesus não passam de mitos neste evangelho apregoado por muitos atualmente. Falamos de liberdade, mas não a vivemos em sua plenitude. Fomos reconciliados por Cristo a Deus, através de sua Graça, que nos garante liberdade, mas preferimos utilizar os púlpitos para manipular pessoas, ao invés de mostrá-las o quão valioso é viver em novidade de vida, assumindo a importância de viver livre e de pensar a respeito das coisas.
Deus não nos deu líderes para que estes manipulem a nossa opinião sobre tudo, ou para que pensem por nós, mas para que nos incentivem a exercer a fé sem ilusões e mentiras: totalmente livres.
Fonte: Território 7
10 de setembro de 2010
Um pseudo-avivamento
por Cleison Brugger
O que mais temos nos dias de hoje, em nossas igrejas, são crentes "fascinados". Fascinados com os movimentos que têm acontecido em algumas igrejas carismáticas. Uns ainda ousam afirmar que "um pequeno avivamento está acontecendo!". A pergunta é a mesma feita por Paulo: "Quem vos fascinou a vós outros? [...]" (Gálatas 3.1a). Tem-se falado muito de renovação e avivamento, mas precisamos admitir que estamos longe de vivenciarmos um. Assim digo porque apesar de toda a tendência carismática que norteia a igreja atualmente, nada de realmente grande, a nível espiritual, tem acontecido.
O que se vê hoje é uma igreja "festeira", mais preocupada com resultados numéricos do que com o crescimento real do reino de Deus.
Afirmo que estamos longe de um avivamento, porque estamos longe dos princípios básicos que constituem um. Não ousamos fazer como Habacuque, o profeta, que, ao clamar por avivamento, disse: "Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica;" (Hc. 3.2). Habacuque, antes de clamar por avivamento, declarou que ouviu a Palavra do Senhor e temeu. Os elementos oração (clamor), Bíblia (Palavra) e temor (que nos leva peremptoriamente à santidade), são indissociáveis de qualquer avivamento. Nenhum avivamento pode acontecer, sem que estes elementos não estejam presentes, e se queremos afirmar que algum avivamento está acontecendo, devemos nos render ao óbvio e afirmar cinseramente que a igreja atual está longe destes elementos precípuos.
Como podemos afirmar que "há um avivamento acontecendo", se a Bíblia, defendida por alguns como regra de fé e prática, tem sido abandonada? Se tivermos uma volta a Bíblia, talvez tenhamos um começo de algum avivamento. Contudo, nos dias de hoje, a Bíblia só têm sido usada para defender interesses e achismos, e não para uma séria apologética. e a oração? esta só tem sido interessada quando os motivos de a fazer envolve interesses pessoais. E o temor a Deus? muitos preferem temer a líderes e pastores, com seus dogmas e listas do que podem ou não fazer, a ter que se curvar à soberania do Altíssimo.
A vida de alguns pode ser tudo, menos cristã, pois não parecem nem um pouco com Aquele que aos domingos chamam de SENHOR! E o desejo ardente por santidade? Que nada, muitos estão desejosos mesmo de sentirem arrepios, terem "experiências" e serem "cheios" de algum "poder", que alguém teima em dizer que é de Deus... pena que tudo isso passa ao decorrer da semana, e na semana seguinte, todos estão iguais ou piores do antes. O que vem realmente de Deus é permanente! Fogo que vem de Deus, refina o homem inteiror, arde continuamente e não se apaga facilmente.
"O Espírito Santo sopra como um gentil cavalheiro; sendo assim, paremos com histerismos carnais e voltemos à verdade." - Gilberto Di Santi (@gilbertodisanti)
O Show tem que parar!
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