por Cleison Brugger
O desejo por espiritualidade é inerente ao homem e as religiões satisfazem este desejo. Conjuntamente com a espiritualidade vem o sobrenaturalismo, a esfera além do natural que algumas crenças proporcionam. O cristianismo é uma delas: nosso Cristo foi morto numa cruz e ao terceiro dia ressuscitou e isso nada mais é do que a manifestação de um poder sobrenatural. A Bíblia está repleta de passagens que contam do poder de Deus agindo de forma sobrenatural. Cremos que Deus é o Deus do Impossivel. "Ele faz coisas grandes e inescrutáveis, e maravilhas que não se pode contar” (Jó 5.9) é o que diz a Palavra de Deus.
Contudo, o que está havendo no meio evangélico é uma supervalorização do sobrenaturalismo. Na verdade, isso não é de hoje. Ao longo da história da igreja, diversas pessoas afirmaram ter visões sobrenaturais, revelações sobre a vinda de Cristo, terem sido arrebatadas ao céu ou ao inferno etc. Mas, de uns tempos pra cá, o que tem havido é uma intensificação desse desejo pelo transcendente. Muitas pessoas procuram igrejas adeptas de alguns movimentos no afã de "sentir", "receber" e "provar" de um suposto poder e de uma "nova unção". Para muitos, um culto só é culto se tiver gente caida no chão, se houver manifestações demoníacas, ou se alguém irromper em linguas unsurdecedoramente. Diferente disto, a Bíblia revela que culto só é culto se houver edificação (1 Co. 14.26-33,39,40), algo que estas coisas estão longe de proporcionar.
No domingo passado (13), o programa Domingo Espetacular, da Rede Record, fez uma reportagem, um tanto tendenciosa, a respeito do que aqui no Brasil é chamado de "cair no Espírito" e "unção do riso". A maioria de nós sabemos que a reportagem só foi ao ar por ordem do líder da IURD, Edir Macedo, a fim de difamar a igreja pentecostal, mas sobre isso, já dei minha palavra e você pode ler aqui. Contudo, quando conversava com alguns amigos, afirmei que Edir Macedo tentou envergonhar a igreja pentecostal e o pior aconteceu: ela foi envergonhada pois, de fato, o que na reportagem foi mostrado, acontece em muitas igrejas ditas pentecostais, inclusive em muitas Assembleias de Deus, que é a maior representante do movimento pentecostal no Brasil e no mundo. É certo que estes movimentos são pseudo-pentecostais, o que bem frisei no texto linkado acima, mas infelizmente, eles têm acontecido na igreja que se conhece como "a mãe do pentecostalismo". Reconheço que muitos teólogos pentecostais (senão todos) são contra estes tipos de manifestação, todavia, temos agido passivamente, enquanto estas doutrinas de demônios tem tido livre curso na igreja. O que se deve fazer é levantar-se ativamente contra este mover de demônios em cada púlpito a que tivermos oportunidade. Podemos até afirmar que em nossa igreja local estas coisas não acontecem, mas não podemos omitir que muitas igrejas de nossa denominação estão embrenhando por movimentos estranhos tanto ao bom senso quanto às Escrituras. Creio que é tempo de nós nos posicionarmos firmemente sobre o assunto, para que não sejamos confundidos com estes movimentos estranhos. Filtrar nossos púlpitos é um bom começo.
O apóstolo Paulo, em sua 1ª Carta aos Coríntios 2.14, diz: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente". Muitos se acham tão espirituais, que parecem que guardam o Espírito Santo numa caixinha. Contudo, lhes garanto que a grande massa que afirma ter o Espírito, "não compreende as coisas do Espírito", porque são carnais e levados por esta carnalidade. O apóstolo João nos orienta: "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (IJo. 4.1). O primeiro verso nos ensina que "as coisas espirituais se discernem espiritualmente" e este segundo verso nos orienta a "provar se os espíritos vêm de Deus". Lhes digo que o que mais tem faltado em nossas igrejas atualmente é o discernimento espiritual ou a averiguação sobre a origem de dado impulso espiritual. Como podemos ver gente caindo no chão, ou rindo descontroladamente, ou imitando o som de animais e experimentando de algo que não vemos em nenhuma parte das Escrituras e dizermos que é Deus? sem medo de errar, afirmo que é falta de discernimento espiritual. Adoram movimentos e inovações trazidas e odeiam as Escrituras e o que ela diz: "não ultrapassem o que está escrito" (ICo. 4.6). Muitos têm sido impulsionados pela própria carne e até mesmo por espíritos demoníacos, e afirmam ser o Espírito porque sentiram um arrepio qualquer. Isso é fazer o Espírito Santo parecer um idiota, como afirmou o pastor David Wilkerson em uma de suas pregações. O nosso grande problema é que a massa evangélica não é dada ao estudo das Escrituras e, por esta razão, comem qualquer coisa.
Contudo, o que está havendo no meio evangélico é uma supervalorização do sobrenaturalismo. Na verdade, isso não é de hoje. Ao longo da história da igreja, diversas pessoas afirmaram ter visões sobrenaturais, revelações sobre a vinda de Cristo, terem sido arrebatadas ao céu ou ao inferno etc. Mas, de uns tempos pra cá, o que tem havido é uma intensificação desse desejo pelo transcendente. Muitas pessoas procuram igrejas adeptas de alguns movimentos no afã de "sentir", "receber" e "provar" de um suposto poder e de uma "nova unção". Para muitos, um culto só é culto se tiver gente caida no chão, se houver manifestações demoníacas, ou se alguém irromper em linguas unsurdecedoramente. Diferente disto, a Bíblia revela que culto só é culto se houver edificação (1 Co. 14.26-33,39,40), algo que estas coisas estão longe de proporcionar.
No domingo passado (13), o programa Domingo Espetacular, da Rede Record, fez uma reportagem, um tanto tendenciosa, a respeito do que aqui no Brasil é chamado de "cair no Espírito" e "unção do riso". A maioria de nós sabemos que a reportagem só foi ao ar por ordem do líder da IURD, Edir Macedo, a fim de difamar a igreja pentecostal, mas sobre isso, já dei minha palavra e você pode ler aqui. Contudo, quando conversava com alguns amigos, afirmei que Edir Macedo tentou envergonhar a igreja pentecostal e o pior aconteceu: ela foi envergonhada pois, de fato, o que na reportagem foi mostrado, acontece em muitas igrejas ditas pentecostais, inclusive em muitas Assembleias de Deus, que é a maior representante do movimento pentecostal no Brasil e no mundo. É certo que estes movimentos são pseudo-pentecostais, o que bem frisei no texto linkado acima, mas infelizmente, eles têm acontecido na igreja que se conhece como "a mãe do pentecostalismo". Reconheço que muitos teólogos pentecostais (senão todos) são contra estes tipos de manifestação, todavia, temos agido passivamente, enquanto estas doutrinas de demônios tem tido livre curso na igreja. O que se deve fazer é levantar-se ativamente contra este mover de demônios em cada púlpito a que tivermos oportunidade. Podemos até afirmar que em nossa igreja local estas coisas não acontecem, mas não podemos omitir que muitas igrejas de nossa denominação estão embrenhando por movimentos estranhos tanto ao bom senso quanto às Escrituras. Creio que é tempo de nós nos posicionarmos firmemente sobre o assunto, para que não sejamos confundidos com estes movimentos estranhos. Filtrar nossos púlpitos é um bom começo.
O apóstolo Paulo, em sua 1ª Carta aos Coríntios 2.14, diz: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente". Muitos se acham tão espirituais, que parecem que guardam o Espírito Santo numa caixinha. Contudo, lhes garanto que a grande massa que afirma ter o Espírito, "não compreende as coisas do Espírito", porque são carnais e levados por esta carnalidade. O apóstolo João nos orienta: "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (IJo. 4.1). O primeiro verso nos ensina que "as coisas espirituais se discernem espiritualmente" e este segundo verso nos orienta a "provar se os espíritos vêm de Deus". Lhes digo que o que mais tem faltado em nossas igrejas atualmente é o discernimento espiritual ou a averiguação sobre a origem de dado impulso espiritual. Como podemos ver gente caindo no chão, ou rindo descontroladamente, ou imitando o som de animais e experimentando de algo que não vemos em nenhuma parte das Escrituras e dizermos que é Deus? sem medo de errar, afirmo que é falta de discernimento espiritual. Adoram movimentos e inovações trazidas e odeiam as Escrituras e o que ela diz: "não ultrapassem o que está escrito" (ICo. 4.6). Muitos têm sido impulsionados pela própria carne e até mesmo por espíritos demoníacos, e afirmam ser o Espírito porque sentiram um arrepio qualquer. Isso é fazer o Espírito Santo parecer um idiota, como afirmou o pastor David Wilkerson em uma de suas pregações. O nosso grande problema é que a massa evangélica não é dada ao estudo das Escrituras e, por esta razão, comem qualquer coisa.
Em certa ocasião, Pedro viu o Senhor caminhar sobre as àguas e quis provar daquilo, até porque, é bom e impressionante servir a um que pode andar sobre as águas. Entretanto, as coisas não ocorreram conforme suas ideias: vento forte,
escuridão, águas revoltas, medo, pavores e submersão eram coisas que não
estavam em seus planos, e então, Pedro clamou por salvação. Pedro, atraído pelo
poder sobrenatural do Senhor, quis provar de tal prerrogativa, mas as
circunstâncias o levaram a clamar pela única coisa pelo qual ele seria
livrado da morte: salvação (Mateus 14. 30). Quando a salvação for para nós a maior e melhor coisa que nos aconteceu, o agir sobrenatural se torna apenas
um predicado do Deus a quem servimos, e não o centro das atenções, e antes de mergulharmos em lugar desconhecido, nós provaremos "se os espíritos vêm de Deus". Provar, examinar e discenir são palavras-chave num genuino culto pentecostal.