28 de maio de 2010

Qual Assembleia de Deus os assembleianos desejam?


Nesse centenário que se aproxima precisamos responder uma pergunta: Qual Assembleia de Deus desejamos?

1. Uma politiqueira eclesiástica ou militante da evangelização?
2. Uma legalista com tradições humanas ou que abraça a herança sem irrealismos?
3. Uma baseada em visionários megalomaníacos ou em santos que valorizam a Palavra de Deus?
4. Uma calcada na busca de poder do (sobre) homem ou a busca do poder de Deus?
5. Uma alicerçada na arreia ou na rocha eterna?
6. Uma pregação superficial e sem Bíblia ou uma exposição das Sagradas Escrituras que aquece os corações e mentes?
7. Uma fechada no seu umbigo ou que dialoga com as denominações protestantes sérias?
8. Uma afogada no anti-intelectualismo ou que abraça a boa teologia à serviço do Reino de Deus?
9. Uma ávida por apoiar políticos ou aquela que ensina princípios de cidadania?
10. Uma com homens arrogantes que expõe o seu show ou uma com pessoas equilibradas partilhando os seus dons?
11. Uma com sementes da ganância ou com as sementes do Evangelho que produz em boa terra?

12 de maio de 2010

Cristo ignorado .. o meu EU sendo exaltado.

por Cleison Brugger

Talvez este seja, ultimamente, o assunto principal deste blog, mas é incrível como a igreja cristã brasileira está se tornando, a cada dia, pseudo-evangélica, pregando um pseudo-evangelho. É triste ver igrejas indo, a passos largos, para a ruína espiritual.

Algumas igrejas são tão antropocêntricas, que só faltam chamar seus fiés de semi-deuses.
Em um culto que participei recentemente, o ministro disse que devemos "chamar a existência coisas que não existem", enquanto o Apóstolo Paulo é claro ao dizer que DEUS chama à existência, coisas que não existem (Rm. 4. 17). Pegou Salmos 8.5 e enalteceu a todos que alí estavam, dizendo que fomos criados um pouco menor do que os anjos, num tom de excelência, como se tivéssemos com isso, algum poder. Terminou com as ditas "palavras e atos proféticos", que para mim, nada mais são do que a ruína de algo chamado fé e de uma atitude chamada dependência divina.

Me sinto mal. O egocentrismo, o evangelho antropocêntrico e os cultos voltados para o benefício pessoal me matam por dentro. É uma ânsia de vômito que não me quer passar. É uma dor nos rins que estremece toda a minha estrutura.

Infelizmente, a "Oração do Pai Nosso" tem sido alterada, e em vez do "Seja feita a tua vontade", alguns andam orando: "Seja feita a MINHA vontade", através de atos proféticos e palavras rhemas.

Cristo, a cada dia, tem sido negligenciado em nossos púlpitos e igrejas. Como disse Isaías, o profeta, estamos fazendo pouco caso do Salvador (Is 53.3), ignoramos seu sacrifício salvífico e sua morte vicária. Como podemos afirmar que nos importamos com o que Cristo fez, se a nossa alegria se encontra em nossos benefícios terrenos?

Alguns púlpitos e igrejas estão ignorando a cada dia, Cristo, sua graça e sua cruz.
É difícil demais abraçar a cruz quando a satisfação pessoal é soberana.
É certo, você não está lendo palavras de um exegeta ou de um grande teólogo, mas de um jovem que prima pela pureza do evangelho e da palavra. Por favor, não corrompam o genuíno evangelho, pois a geração futura precisa saber a verdade! 

É o momento da Igreja optar se quer a Cruz ou a Prosperidade! Morte ou triunfalismo religioso!


Um anseio consumidor por Cristo deixa pouco espaço para distrações como a busca da auto-satisfação. - T.Watson

5 de maio de 2010

Adorando a um "deus" realmente desconhecido.

Retirado do Genizah sob o título: "Um 'deus' desconhecido, mas limpinho..."

Alan Brizotti

Conta-se que um rabino passou a manhã inteira em fervente oração pedindo ao Eterno que revelasse seu verdadeiro nome. Por volta do meio-dia, o Eterno decidiu revelar ao insistente rabino seu verdadeiro nome, então o mestre passou o restante do dia e a noite inteira em desesperada oração: "Ó Eterno, por favor, faça-me esquecer teu verdadeiro nome!"

Tenho a sensação de que a gritante maioria das pessoas que frequentam os templos evangélicos não faz ideia de quem é Deus, do que seja uma teologia, do que é essa tal "presença de Deus". A fraseologia do que se canta nas igrejas revela o nível terminal em que se encontra a mentalidade evangélica brasileira.

Nessa igreja da banalização, temas como: pecado, cruz, salvação, santidade, louvor, são misturados na salada da autoajuda espiritualizada, no caldeirão místico dos que perderam o foco. Troca-se conversão por adesão a um sistema religioso de facilidades e bobagens tatuadas de sagrado. Trocam-se púlpitos por palcos, onde palhaços de uma espiritualidade circense demonstram seus "talentos"de Silvio Santos da mesmice religiosa.

Cantar com a mãozinha no coração fazendo cara de santo e beicinho choroso passou a ser a coreografia mais repetida, a configuração traumática dos herdeiros das Anas Paulas Valadões da vida (não estou dizendo que ela esteja errada, mas que a experiência pessoal dela, não pode ser normativa, doutrinária, paradigmática).

Dia desses ouvi a seguinte frase num "louvor": "Estamos desesperados pela tua presença, ó Deus". Esse desespero incrivelmente desaparece nas manhãs de domingo, nas Escolas Dominicais. Some nas noites das verdadeiras vigílias (aquelas onde a oração tem lugar principal). Esse desespero simplesmente inexiste nos cultos de ensino. Os desesperados estão apenas nas carnavalizações folclóricas da fé, nas micaretas teológicas, nessa espiritualidade "baiana" das Ivetes de Gizuz.

Cansei. Prefiro os "retrógrados" hinos da Harpa Cristã e dos Hinários. Prefiro o silêncio. Essa irrtante mania de uma espiritualidade da birra existencial perdeu o rumo, a identidade e o propósito.


"Há mais restauradora alegria em cinco minutos de adoração do que em cinco noites de folia". - A. W. Tozer

3 de maio de 2010

SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR COMO CONVÉM.

 por Israel Belo de Azevedo

Definitivamente não sabemos pedir como convém.
Pedimos saúde..mas não é na doença que aprendemos que a graça de Deus nos basta? No entanto, devemos pedir por saúde.

Pedimos paz, mas não é no conflito em que, perdendo e sendo humilhado, aprendemos o que é a vida? No entanto, devemos pedir por paz.

Pedimos vitória, mas não é na derrota, experimentando nossa fraqueza, que somos fortes? No entanto, devemos pedir por vitória.

Pedimos emprego, mas não é na experiência da escassez que somos supridos em todas as nossas necessidades? No entanto, devemos pedir por emprego.

Pedimos coisas, mas não é quando elas faltam que buscamos o reino de Deus em primeiro lugar?

Antes de pedir, precisamos nos perguntar por que e para que pedimos? Se for para nosso próprio deleite e destruição, é melhor recolher nossa oração.

SOLA FIDE.