31 de março de 2010

Des-escatologia

por Alan Brizotti
Estamos vivendo um acelerado processo de des-escatologia. A urgência das teologias do agora, filhotes do imediatismo exacerbado da atualidade, tem destruído o anseio do porvir. A esperança escatológica, outrora tão viva e, por vezes decivisa na caminhada cristã na história, tem amargado um esquecimento sutil. Iludidos pela sociedade da pressa, desistimos de esperar, como o coelho branco, de Alice no país das maravilhas, "estamos atrasados".

Grande parte da "culpa" desse declínio do anseio escatológico vem das construções teológicas extremistas do passado. Aquela "escatologia do desespero", ao estilo cinematográfico, apenas conseguia gerar manifestações do medo, e o medo não compartilha do amor. Em I João 4. 18, o apóstolo afirma: "No amor não há medo. Antes o perfeito amor lança fora o medo, porque o medo produz tormento. Aquele que teme não é aperfeiçoado em amor". O medo ajudou a lançar esperanças escatológicas no terreno longínquo do esquecer.

Outra causa desse declínio está mentalidade da ficção. Muitos cristãos já não acreditam na realidade celeste. Para muitos, se Jesus Cristo voltar, estragará nossos planos, nossos projetos futurísticos, nossas catedrais. Por que ir embora daqui, se já estamos tão bem istalados? "Essa estória de céu é só para incrementar uma ideologia que perde espaço no mundo da novidade". Essa mentalidade da ficcção tira as cores do horizonte escatológico, transformando as realidades celestes em suspiros de uma aventura idealizada, porém jamais vivida em desdobramentos reais.

Para muitos, céu é uma jogada de marketing.

A des-escatologia é a tragédia dos que desistiram de esperar. É a dor da ausência. É a tristeza teológica de sentir-se em casa aqui. É perder o olhar que visuzaliza a Jerusalém Celestial, a Pátria Gloriosa, o Excelente Porvir, a Cidade Santa, a Presença Sagrada do Pai de Amor. O incrível é que o número de pessoas infectadas pelo vírus da des-escatologia é assustadoramente crescente.

O dinheiro também tem papel decisivo nessa batalha. Ele produz uma contradição mortal: enquanto a fé cristã genuína nos promete o céu, o dinheiro promete a terra - e como ele está muito mais visível - optamos por suas promessas, ainda que elas não nos devolvam a paz! Como vivemos num mundo domindo pelo dinheiro (principalmente nos ambientes eclesiásticos), nossos sonhos não conseguem projetar-se no amanhã abençoado de Deus.

Não precisamos voltar às estradas assombradas por escatologias talibãs, mas carecemos do resgate da abençoada esperança. Não precisamos fugir do inferno, apenas fortalecer nossos laços com a pátria sagrada daqueles que nasceram de novo, e que aguardam ansiosamente pelo soar da trombeta.

Guardados na esperança, ouçamos a promessa fiel: "Eis que venho sem demora! A minha recompensa está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim" (Ap. 22. 12, 13)

Alguém disse que "A esperança do cristão de chegar à glória não está no fato de que Cristo está nele, mas sim em o Cristo que está nele ser um fato".

25 de março de 2010

Salvação é o que precisamos.

Por Cleison Brugger.

Texto: Mateus 14. 22-32

O Cristianismo é bem atraente para os que estão dentro do barco; até porque, é bom e impressionante, servir a Um que pode andar sobre as águas.
É bem verdade que gostamos daquilo que é sobrenatural. Gostamos daquilo que envolve coisas que ultrapassam os limites da razão. Pedro era um desses.

A cena de ver alguém caminhando sobre as águas foi algo impressionante. É bom saber que o Deus a quem servimos é Soberano no impossível. Pedro, atraído, quis provar da "sobrenaturalidade", porém, as coisas não ocorreram conforme suas ideias: vento forte, escuridão, águas revoltas, medo, pavores e submersão eram coisas que não estavam em seus planos, e aí, clamou pela única coisa pela qual residia o interesse de Jesus ao vir à Terra: salvação. Pedro, atraído pelo poder sobrenatural do Senhor, quis provar de tal prerrogativa, mas as circunstâncias o levaram a clamar pela única coisa pela qual ele seria livrado da morte: salvação (Mateus 14. 30).

O Cristianismo em primeiro plano é algo aceitável, pois é maravilhoso saber que o Deus a quem servimos é Soberano e seu poder é extremamente infinito.
Todavia, ao ingressarmos na fé neste Deus que tem poderes sobrenaturais, devemos contar com os momentos de ventos fortes, escuridão  e medo (João 16. 33) e aí, perceberemos que a única coisa pela qual precisamos realmente do Senhor é sermos salvos.

Quando a salvação for para nós a maior e melhor prerrogativa, vinda de Deus, que nos aconteceu, o poder sobrenatural do Senhor se torna apenas um predicado do Deus a quem servimos, e não o centro das atenções.   

Que a nossa predileção esteja na pessoa de Cristo Jesus e não apenas em seu absoluto poder.

Cleison Brugger.

23 de março de 2010

Pastor Alfredo Reikdal na glória

Pastor Alfredo Emílio Reikdal, líder da AD Ipiranga e genro de um dos pioneiros da AD Brasil, Pr. Bruno Skolimowski.

É com tristeza e pesar que comunicamos que já dorme no Senhor, um patrimônio das Assembléias de Deus no Brasil, e líder de uma das mais importantes Assembléias de Deus em solo pátrio, Pastor Alfredo Emílio Reikdal. Esse fato ocorreu na manhã de hoje (23/03/10).

Pastor Reikdal como era conhecido, há 67 anos era o Presidente da Assembleia de Deus Ministério do Ipiranga em São Paulo. Foi um dos fundadores e também Presidente da COMADESPE, Convenção dos Ministros das ADs no Estado de São Paulo por vários mandatos.

 Assembléia de Deus no Ipiranga, São Paulo

Em 1996 fundou a COMOESPO, Convenção dos Ministros Ortodoxos do Estado de São Paulo, ligada a CGADB, Convenção Geral das ADs no Brasil.

Aos 94 anos, pastor Reikdal era considerado patrimônio da AD no Brasil que está prestes a completar 100 anos.

Conforme informações preliminares obtidas, comunicamos que o corpo será velado no templo da Assembléia de Deus no Ipiranga, situado à Avenida Ricardo Jafet, número 214 - Ipiranga - São Paulo - SP, à partir do 13,00 h de hoje, de onde sairá para o sepultamento programado para amanhã (24.03.2010) às 16,00 h, no Cemitério da Paz, Que fica no bairro do Morumbi.

As informações acima foram retiradas do Blog POINT RHEMA

20 de março de 2010

Seja feita a minha vontade - J. I. Packer

O cristianismo da banheira quente é radicalmente errado. Por quê? Porque expressa tanto o egocentrismo, pelo qual um indivíduo recusa negar a si próprio, como também o eudemonismo, pelo qual a pessoa rejeita o programa disciplinar de Deus para si mesmo. Assim, torna-se duplamente irreligioso.

Por egocentrismo, refiro-me à essência da imagem de Satanás na humanidade decaída. Isto pode ser descrito como a relutância em se enxergar como existindo para o prazer do Criador e, ao contrário, a disposição de se estabelecer como centro de todas as coisas. A busca pelo prazer próprio em qualquer uma de suas modalidades é a regra e a força motriz da vida egocêntrica. Orgulho é o nome cristão clássico para esta síndrome de auto-afirmação e auto-adoração, da qual o moto implícito é "seja feita minha vontade". Embora o orgulho egocêntrico possa adotar a forma de Cristianismo, corrompe a substância e o espírito do Cristianismo. Tenta manipular Deus e controlá-lo para seus próprios objetivos. Isso, como já indicado, reduz a religião à mágica, tratando o Deus que nos fez como se ele fosse o nosso mordomo pessoal ou o gênio da lâmpada de nosso Aladim.

O teocentrismo — que repudia o egocentrismo, reconhecendo que, no sentido fundamental, nós existimos para Deus e não ele para nós, e então adorando-o convenientemente — é básico para a verdadeira piedade. Sem esta mudança radical, da centralização em si próprio para a centralização em Deus, qualquer mostra de religião é falsa em maior ou menor grau.

Jesus Cristo exige abnegação, isto é, autonegação (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23) como uma condição necessária do discipulado. A abnegação é um chamado para a pessoa se submeter à autoridade de Deus como Pai, e de Jesus Cristo como Senhor, e para declarar guerra vitalícia contra o egoísmo instintivo. A negação requerida é do eu carnal, do impulso egocêntrico, auto-deificante com o qual nascemos, e que nos domina tão ruinosamente em nosso estado natural.

Jesus une a negação de si ao levar a cruz. Levar a cruz é muito mais do que suportar esta ou aquela aflição. Carregar sua cruz nos dias de Jesus, como aprendemos da própria história da crucificação de Jesus, era requerido daqueles a quem a sociedade havia condenado, cujos direitos haviam sido suspensos, e que agora estavam sendo conduzidos para sua execução. A cruz que carregavam era o instrumento da morte. Jesus representa o discipulado como sendo uma questão de segui-lo, e segui-lo tomando sua cruz em negação de si mesmo. O ser carnal nunca consentiria em lançar-se em tal papel. "Quando Cristo chama um homem, propõe que ele venha e morra", escreveu Dietrich Bonhoeffer, oito anos antes dos nazistas o terem enforcado. Bonhoeffer estava certo: aceitar morrer para tudo aquilo que o ser carnal quer possuir é justamente o assunto do apelo de Cristo.

O cristianismo da banheira quente deixa de encarar essa questão e tenta aproveitar o poder de Deus vinculando-o às prioridades da auto-centralização. Sentimentos de prazer e de conforto, brotando de circunstâncias agradáveis e experiências suaves, são objetivos importantes hoje em dia, e muito do Cristianismo popular dos dois lados do Atlântico tenta fazer a nossa vontade, fabricando-os para nós. Algumas vezes, como meio para alcançar esse fim, invoca a idéia de que as promessas de Deus são como os encantos de um mágico: use-as corretamente e você poderá extrair de Deus qualquer coisa legítima e agradável que deseje. Quando eu era estudante, fiquei chocado com um pequeno livro de sermões de um conhecido evangelista, Como Escrever Seu Próprio Cheque com Deus.

Hoje, quarenta anos mais tarde, o assim chamado "evangelho da saúde e prosperidade", que promete cura miraculosa para os enfermos e enriquecimento material para os necessitados, desde que eles ajam ousadamente sobre a fórmula "afirme e reivindique", tem muitos e fascinados seguidores. Muitos não são devotos totais da "cura-e-prosperidade", mas ainda tratam Tiago 5.15 ("A oração da fé salvará o enfermo") como fórmula mágica garantida para cura milagrosa, sempre que a "fé" for alcançada. Quando falo da religião da banheira quente, tenho em mente posições tais como esta.

É correto e bom ter confiança nos recursos ilimitados de Deus e altas expectativas de ser liberto do mal. Mas, conceber uma oração de petição como sendo uma técnica para fazer Deus "dançar segundo a música" que você estabelece e obedecer às ordens que você dá não é certo nem bom. Na oração de petição, devemos tentar discernir o propósito de Deus na vida ou na situação de vida que colocamos perante ele, e cristalizar pedidos específicos como uma demonstração de "Seja feita a tua vontade", que deve ser sempre nossa súplica fundamental. A religião da banheira quente não alcança o ponto onde pode ver isto. O egocentrismo que a produziu é devastador; a oração como maneira nossa de gerenciar e dirigir as energias de Deus, de tal maneira que ele nos reconheça, em vez de nós a ele, nunca está longe de seu coração. É mau!

J. I. Packer

16 de março de 2010

Por uma Assembléia de Deus unida no Centenário.

 por Gemerias do Couto

Um grupo de blogueiros assembleianos aderiu à campanha pela unidade nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus. O pastor Carlos Roberto, em recente encontro com o responsável por coordenar tais atividades, mencionou o tema e algumas semanas depois o pastor Geremias do Couto o trouxe para o blog com a postagem: Centenário da AD no Brasil: de que lado você está? Logo o irmão Luís, do blog evangelização, sugeriu que se criasse um selo para fomentar a ideia, que foi imediatamente encampada por outros colegas. 

Alguns dias depois o irmão Elian Soares, do blog Evangelismo e Louvor, preparou o primeiro rascunho, o qual, depois de receber diversas sugestões, entre as quais a do companheiro Robson Silva, resultou no selo que acabamos de publicar em nossos blogs como uma das ferramentas para alavancar a campanha em favor de uma comemoração unida de todos os assembleianos, no ano do Centenário, incluindo CGADB (Pr. José Wellington), CONAMAD (Bispo Manoel Ferreira) e a Igreja-Mãe (Pastor Samuel Câmara), em Belém, PA. 

O selo teve como idéia tornar a logomarca oficial do Centenário um quebra-cabeça, onde cada peça representa um ministério, visto que a nossa igreja forma esse grande mosaico com diferentes ministérios e convenções. As quatro mãos que montam o quebra-cabeça significam que a unidade em torno das comemorações do Centenário depende da boa vontade dos líderes e respectivos ministérios e convenções. Nosso papel é fomentar e ajudar essas mãos a montar o quebra-cabeça. Cremos que com a ajuda de Deus poderemos chegar lá. Mas no mínimo fizemos a nossa parte. 

Trata-se de uma campanha sem partidarismos, sem donos e espontânea, que pretende estar acima de qualquer facciosismo, visando um verdadeiro congraçamento que contribua para celebrar a unidade, e para o seu fortalecimento, evitando que ela fique mais esgarçada em razão de comemorações que se prenunciam divididas, e que, desta forma, não representam os verdadeiros anseios do povo assembleiano. 

Estes são os blogs que lançam, simultaneamente, a campanha na blogosfera cristã e, sobretudo, assembleiana:

A Supremacia das Escrituras, Marcello Oliveira.
A serviço do Rei Jesus, Ev. Jairo Elin.
Alerta final, Gesiel Costa.
Blog do pastor Robson Aguiar.
Blog do pastor Newton Carpinteiro.
Blog do pastor Eliel Gaby.
Blog do pastor Guedes.
Blog do Ivan Tadeu.
Blog o pregador, Pb. Juari Barbosa
Blog do Pr. Levi Agnaldo
Blog do Pr. José Paulo Porte
Blog do Pr. Flávio Constantino
Blog da Adélia Brunelli
Cristo é a Vida, Pb Uilton
Cristianismo Radical, Juber Donizete.
Dispensação da Graça, Pr André Costa
Esboçando a Palavra
E agora, como viveremos?, Valmir Milhomem.
Encontro com a Bíblia, Matias Borba.
Geração Que Lamba, Victor Leonardo Barbosa.
Ide e Anunciai, Pb. Silas
Manhã com a Bíblia, Geremias do Couto.
Ministério São Paulo, Pr. Brunelli
Palavra de Mulher , Sarah Virgínia
Philadelfia – Evangelismo e Louvor, Elian Soares.
Plenitude da Graça
Point Rhema, Carlos Roberto Silva.
Profetizando a Palavra, Pb. Uilson Camilo
Prossigo para o Alvo, Robson de Souza.
Reflexão Pentecostal, Cleison Oliveira.
Reflexões sobre quase tudo, Daladier Lima.
Teologia Pentecostal, Gutierres Siqueira.
Victória Antenada, Victória Virgínia.

Por mim:
Amados, peço a todos, seja você assembleiano ou não, que ore pela Centenário da Assembléia de Deus e pela igreja centenária.  Diante de tantas divisões, o máximo que podemos fazer é nos impor em oração, crendo que o Deus da unidade, unirá a igreja Assembléia de Deus para uma comemoração tão importante para a igreja brasileira, que é o Centenário da chama pentecostal no Brasil. Creio que seja um evento importante para todos os assembleianos, mas também, para a Igreja de credo pentecostal no Brasil.

13 de março de 2010

Ahh.. que Bíblia o que!!

Por Cleison Brugger

Hoje, conversando com uma irmã muito conservadora e grande defensora do tradicionalismo assembleiano, disse que, infelizmente, muitos tem feito uso dos dons espirituais de forma inexata, e que eu estava alegre com a notícia de que haverá na minha igreja, uma palestra sobre o assunto.
Porém ela, de forma agressiva, disse:
"- Esses pastores de hoje em dia querem tomar conta de tudo! querem até ensinar a usar os dons! Os dons vem e são de Deus e não deles! eles não tem que ensinar nada!"
No que refutei:
"Mas segundo a Bíblia, realmente muitos tem usado os dons de forma errada."
No que ela disse:
"Ahh.. que Bíblia o quê! Ninguém sabe o que tá certo ou errado."
Perplexo, terminei o diálogo, com uma profunda lamúria em meu coração.
Tentei fazer minhas tarefas ordinárias, mas não consegui. depois do tal diálogo, tive que me humilhar em oração pela situação em que alguns se encontram, em transferir a autoridade da inerrante Palavra de Deus para uma obsoleta tradição eclesiástica.

Sei que a citada irmã não é a única que pensa assim.
Na verdade, ela soma com milhares de crentes que defendem de tal modo a tradição da igreja, que esquecem de honrar a Deus e a sua palavra.
E esse é um dos motivos pela qual eu ODEIO os Usos e Costumes o REPROVO o tradicionalismo assembleiano, pois a glória de Deus tem sido transferida. Tudo aquilo a que damos mais honra e valor do que a Deus é idolatria. A palavra diz em Isaías 48.11: “A minha glória [Diz Deus] não darei a outrem.”

Quando chegamos ao ponto de crentes renunciarem a inerrante e infalível palavra de Deus, para defender suas incongruências, creio que chegamos a um extremo bastante alarmante. Quando deixamos a palavra do Senhor de lado, somente para não ferir ensinamentos que, infelizmente, ainda resistem ao tempo, creio que seja hora de nos preocupar.

Muitas coisas me tem feito odiar o "U&C" e o tradicionalismo. Entre muitos motivos, estão:
 - A prepotência e arrogância que os "obedientes a tradição" tem, em relação aos que não "obedecem".
 - O exclusivismo que muitas igrejas tem, em achar que a Assembléia de Deus (Ou Deus é Amor e tantas outras), é a única igreja verdadeira, só porque "ainda" obedecem a tradições jurássicas.
 - O Legalismo exacerbado que algumas igrejas aderiram.
 - As intrigas e falações que os "U&C" provocam, como: "Olha o tamanho da saia daquela irmã" ou "Olha o esmalte vermelho daquela!" ou ainda: "Fulana comprou um vestido novo, de linho, mas sem manga", etc..

Essas coisas me faz ODIAR os Usos e Costumes e reprovar esse famigerado conservadorismo.
Pois eu amo a glória de Deus e de maneira alguma, a mesma pode ser transferida para coisas supérfluas.

Sou da Assembléia de Deus a pelo menos 15 anos, e jamais vi os "Usos e Costumes" e a "conservação da tradição", trazer para a igreja, frutos dignos de arrependimento. Muito pelo contrário! Tenho visto, ao longo desses anos, balbúrdia, discussões e muita, muita bagunça, ferindo a santa Bíblia que declara: "Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos." (I Co. 14. 33).

Sinceramente, eu prefiro chorar por esta situação tão sofrível que se encontra a igreja, do que falar em linguas.
Eu prefiro ver pessoas chorando pelos seus pecados, do que sendo batizadas com o Espírito Santo.
Eu prefiro ver pessoas saindo da igreja chateadas com a mensagem, porque lhes pesou e confrontou suas idéias, do que ver um culto cheio de transes e frênesis pentecostais.
Eu prefiro ver irmãs orando umas pelas outras, do que ver uma multidão de mulheres entrando na igreja de saia.
Eu prefiro ver irmãs andando de calça e irem ao céu, do que vê-las de saia indo ao inferno.
Eu prefiro ver homens de cavanhaque pregando a palavra, do que homens de cara limpa em cima de tribunas, relapsos quanto à fé.
Eu prefiro um pastor e uma igreja que zele pela doutrina, do que pelas tradições.
Eu prefiro ter uma Assembléia de Deus invadida pelo temor do Senhor e a sua palavra SOMENTE, do que uma igreja incendiada por um fogo duvidoso.

BÍBLIA. É ela que precisamos seguir e obedecer, para obter um VERDADEIRO e GENUÍNO AVIVAMENTO. ELA SOMENTE!

Que a BÍBLIA, CRISTO e sua CRUZ sejam o centro de nossa fé e dignos de reverência, obediência e temor e não Costumes obsoletos, tradições de homens e "doutrinas de demônios", como dar a outras coisas o lugar que deveria ser de Deus! Esse último é o maior objetivo de Satanás. 

Recomendo este vídeo, como epílogo deste texto:


10 de março de 2010

Cristianismo - Como Jesus é diferente - Mark Discroll

  
Mark Driscoll começa a conclusão de sua série de cosmovisões mostrando e explicando como Jesus é diferente e vai muito além de uma religião.

Eu preciso de Cristo e não apenas do que ele pode dar

Muitos americanos antropocêntricos que têm definido o amor de Cristo como sua alta consideração por eles, e não como a ajuda para que eles tenham alta consideração por Ele, gritariam a Jesus nessa situação: eu não me importo com seu poder se aperfeiçoando, eu me importo em não ser ferido por esse espinho!

Oh, como precisamos ajudar as pessoas a verem que Cristo, não o conforto, é o tesouro eterno e que tudo satisfaz. Portanto, concluo que exaltar a supremacia de Deus em todas as coisas, e estar desejoso de sofrer pacientemente para ajudar a ver e provar esta supremacia são a essência do amor. É a essência do amor de Deus. E é a essência do seu amor. Porque a supremacia da glória de Deus é a fonte e a soma de toda alegria completa e imperecível.

John Piper

5 de março de 2010

Um verdadeiro avivamento.

"Necessitamos urgentemente de um avivamento da devoção pessoal. Este é, sem dúvida, o segredo do progresso da igreja. Se os crentes perdem a sua firmeza, a igreja é arremessada de um lado para o outro. Quando eles permanecem firmes na fé, a igreja continua fiel ao seu Senhor. O futuro da igreja, nas mãos de Deus, depende de pessoas que na realidade são espirituais e piedosas. Oh! que o Senhor levante mais homens genuinamente piedosos, vivificados pelo Espírito Santo, consagrados ao Senhor e santificados pela verdade! Irmãos, cada um de nós precisa viver, para que a igreja continue viva. Temos de viver para Deus, se desejamos ver a vontade do Senhor prosperar em nossas mãos. Homens consagrados tornam-se o sal da sociedade e os salvadores da raça humana."


Charles Spurgeon

A falência dos seminários teológicos brasileiros.

Não que o meu prazer esteja em somente reproduzir textos externos (que não seja de minha autoria), mas, ao contrário disto, reproduzo aqui textos confiáveis de pessoas confiáveis, sabendo que, da mesma forma que me alertou, me confrontou, me edificou ou me informou, informará a todos quanto lerem também neste blog.
Por isso, reproduzo aqui o texto do Pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança em Niterói e editor do blog que leva o seu nome.


Por Renato Vargens

Há pouco passei em frente a uma igreja evangélica deparando-me com uma faixa que dizia: "Venha estudar gratuitamente em nosso seminário teológico."

Confesso que ao ler o conteúdo da faixa fiquei intrigado de como aquela igreja de aparência simples, poderia custear um seminário teológico, até porque, como todos sabemos os custos e despesas relacionados a manutenção de um seminário não são nada baratos.

Pois é, assim como o seminário em questão, existem inúmeros seminários esparramados pelo Brasil, oferecendo aos evangélicos um curso básico de teologia. A questão é que boa parte destes seminários não possuem a menor condição de capacitar, formar e qualificar líderes ao ministério pastoral, isto sem falar é claro, de que não possuem em sua equipe pedagógica professores capazes de ensinar aos seus alunos os conceitos mais básicos da fé cristã. Em contra partida, os grandes seminários das igrejas históricas experimentam a mais profunda crise ensinando em suas classes heresias sutis e destruidoras. Se não bastasse isso, tais seminários são tendenciosos ao extremo pregando aos seus alunos as aberrações do liberalismo teológico ou defendendo com unhas e dentes uma volta litúrgica ao século XVI, cujo fundamentalismo é a principal caracteristica.

Para piorar a situação, a maioria dos seminários abandonaram a confessionalidade, ensinando conceitos dúbios e confusos aos seus também confusos alunos. Em nome de uma fé interdenominacional, negocia-se a sã doutrina, o que por consequinte, contribui em muito para a idiotização da igreja de Cristo.

Quanto aos professores, o que se percebe é que ainda que possuam formação acadêmica, suas doutrinas não possuem uma linha teológica definida. Sinceramente confesso que não entendo como liberais dão aula em seminários confessionais, ou como neopentecostais ministram em seminários reformados e calvinistas. Para agravar mais a situação boa parte destes professores ensinam um evangelho humanista, cuja ênfase principal é a psicanálise e auto-ajuda.

Caro leitor, um dos mais graves problemas da igreja evangélica brasileira é o ensino teológico. Acredito que mais do que nunca, necessitamos rever nossos conceitos, até porque, se continuarmos deste jeito colheremos frutos nada agradáveis.

Toda a minha Teologia resume-se à seguinte frase:
"Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores".
- Archibald Alexande